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Stephen King "pede desculpas" por "prever" pandemia em seus livros

Uma das obras que o escritor citou foi o A Dança da Morte, de 1978, que conta a história de um vírus que gera transformações na sociedade

Stephen King: escritor deu uma entrevista à Stephen Colbert, no The Late Show (CBS Photo Archive/Getty Images)

Stephen King: escritor deu uma entrevista à Stephen Colbert, no The Late Show (CBS Photo Archive/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de maio de 2020 às 17h45.

Em entrevista à Stephen Colbert, no The Late Show, na quarta-feira, 6, Stephen King se desculpou, em tom bem-humorado por ter 'previsto' um cenário que remete à pandemia do novo coronavírus em seus livros.

Uma das obras que o escritor citou foi o A Dança da Morte, de 1978, que conta a história de um vírus que gera transformações na sociedade.

"Sinto muito por isso. Quando eu escrevi aquele livro, havia acabado de acontecer um vazamento químico em Utah [Estados dos EUA]. Fui a um médico que eu conhecia e perguntei: 'como seria se uma pandemia matasse 98% da população do planeta? Os olhos dele brilharam. Médicos amam projetar esses cenários apocalípticos, quando são hipotéticos", conta.

Em outro momento, ele relembrou do seu clássico Zona Morta, um romance de suspense sobrenatural lançado em 1979.

"No livro, tinha um personagem, uma espécie de comediante popular, que dizia aos americanos que conseguiria resolver o problema da poluição 'mandando ela toda para o espaço', falou King, referindo-se à declaração de Donald Trump sobre injetar desinfetante nas veias para se proteger do novo coronavírus. A orientação do presidente é uma fake news, inclusive autoridades médicas alertaram que a prática pode causar morte.

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