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SP terá roteiro turístico sobre a cultura negra

O roteiro passa pelos chamados territórios negros da cidade dos séculos 18 e 19

Um dos pontos do roteiro será o terreiro de Candomblé Ilê Alákétu Asé Ibualamo, no Grajaú (Toluaye/Wikimedia Commons)

Um dos pontos do roteiro será o terreiro de Candomblé Ilê Alákétu Asé Ibualamo, no Grajaú (Toluaye/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2011 às 10h24.

São Paulo - Lugares que mostram a história, a cultura e a influência da população negra na cidade de São Paulo já podem ser conhecidos por qualquer paulistano ou turista. Basta percorrer a recém criada Rota Turística Afro-brasileira Luiz Gama.

O roteiro passa pelos chamados territórios negros da cidade dos séculos 18 e 19. São áreas que eram ocupadas pelos negros que ali trabalhavam como carregadores, serventes e quitandeiros. A maioria desses 18 pontos turísticos fica no centro expandido. Eles foram escolhidos a partir de visitas aos locais e de estudo com documentos, livros, jornais e revistas.

Regiões mais distantes, como a zona sul, também foram mapeadas. Consta na nova rota, por exemplo, o Samba da Vela, em Santo Amaro, o terreiro de Candomblé Ilê Alákétu Asé Ibualamo, no Grajaú, e o centro de cultura Asé Ylê do Hozooane, em Parelheiros.

A Rota Afro foi lançada neste mês por causa do Dia da Consciência Negra, comemorado amanhã. O nome é uma homenagem ao escritor, advogado e jornalista abolicionista Luiz Gama, que nasceu em Salvador, mas trabalhou e conseguiu a própria liberdade e a de outros escravos em São Paulo.

O percurso básico começa no Largo do Arouche - onde há um busto de Luiz Gama -, segue para o Largo do Paiçandu - endereço da Igreja Nossa Senhora do Rosário e da estátua da Mãe Preta (homenagem às escravas que educavam crianças na era colonial) -, continua pelo Parque do Ibirapuera - por causa do Museu Afro-Brasil - e vai até o Sítio da Ressaca, que faz parte do Museu da Cidade de São Paulo e onde está sendo instalada biblioteca temática voltada à cultura negra.

"A população negra é invisível em São Paulo. Trazer esses pontos e ícones à tona é uma forma de mostrar aos paulistanos uma cultura que ajudou a formar a cidade e bairros como Vila Madalena e Bexiga", diz a coordenadora da Coordenadoria do Negro (Cone), Maria Aparecida de Laia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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