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Solange Knowles, irmã de Beyoncé, lança 'True'

Álbum se encaixa entre um LP e um EP e se consagra entre a primeira divisão do indie pop

Solange Knowles: irmão de Beyoncè (Getty Images)

Solange Knowles: irmão de Beyoncè (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 10h04.

São Paulo - Solange Knowles é a irmã descolada de Beyoncé. Faz pop vintage de bom gosto. Colabora com Kevin Barnes, do Of Montreal; canta para Chromeo e para Theophilus London. Interpreta Dirty Projectors. Leva o cunhado, Jay-Z, para shows do Grizzly Bear. É linda e, além de muito bem-vestida, canta e produz suas músicas. Por essas e outras, ficou na seção café com leite da estante de críticos quando lançou seu segundo disco, em 2008.

Ignorar seria impossível; apontar falhas no trabalho, deselegante. Afinal, trata-se da irmã da cantora de r&b mais querida do mundo. Tinha chamado a atenção com o cartão de visitas, Sandcastle Disco. E mesmo com um trabalho mediano, a atitude indie ainda era louvável: a cantora esboçava potencial para ser o sonho de consumo da crítica; um diva indie de pedigree mainstream para os que têm fascínio por Beyoncé, mas não se entregam sem algo para adoçar o hype; um bem-vindo capítulo na novela Jay-Z e Beyoncé, o casal Harry e Kate do reinado pop.

Eis que Solange lança "True", álbum que se encaixa entre um LP e um EP, e se consagra entre a primeira divisão do indie pop. Trata-se de um trabalho notável, com a ingênua e melancólica "Losing You" como carro-chefe. A cantora coproduziu e compôs tudo em parceria com Dev Hynes, músico eclético, que transita por vários estilos e tem afinidade com o pop sintético oitentista. Em parceria com Hynes, parece ter consolidado sua maturidade artística. "Aprendi a compor canções que poderia cantar ao vivo com este disco", contou, à Vogue, este mês. "Muitas vezes, improvisei melodias, sem lapidar as letras. Depois, me perguntei o que estava sentindo. Assim, as coisas foram tomando forma."

"True" é sobre relacionamentos que não deram certo. Hynes tinha terminado um namoro e Solange transformou suas histórias em letras. A temática caiu bem com sua voz. Em "Losing You", o single do disco, ela costura a simplória melodia com delicadeza sobre uma base tristonha de disco contemporâneo. Sua voz está longe de exibir o poderio com que sua irmã seduz estádios e multidões, mas tem um intimismo notável que cai bem com a proposta da faixa e do disco. Sobre a melancolia de "Losing You", Solange disse: "A canção tem esse som porque, naturalmente, canto com mais alma. A produção também é muito distinta. Dev tem um jeito interessante de programar as bases e toca sintetizadores com a guitarra".

"Lovers in a Parking Lot", outro destaque, é sobre a decisão da cantora de terminar um relacionamento sério por ter medo de não aproveitar sua juventude. "Talvez eu tenha te perdido, mas não tinha me divertido o bastante. Brinquei com o seu coração. Agora brinco sozinha no escuro", canta. Trata-se de um olhar maduro sobre a ingenuidade abordado várias vezes no disco.

Perdido em paixões delicadas, "True" deixa de produzir o clímax esperado de um disco feito e cantado com bom gosto. A melodia de "Losing You", por exemplo, é cativante, mas flerta com a monotonia e poderia enveredar com mais afinco pelo panorama emocional sugerido. Umas aulas de atitude com Beyoncé lhe fariam bem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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