Smiley: marca francesa é simbolo da positividade (Raf Simons/Smiley/Divulgação)
Laura Pancini
Publicado em 22 de março de 2022 às 10h32.
Há cinquenta anos, o Smiley tenta permanecer relevante e sorridente em um mundo que às vezes tem dificuldade em sorrir de volta. Para comemorar o quinquagésimo ano do tradicional rosto amarelado e feliz, a marca francesa vai abrir lojas pop-up em quinze países, incluindo uma em São Paulo com marcas parceiras como Havaianas e Cicero.
O Smiley foi originalmente criado pelo jornalista francês Franklin Loufrani, que pensou no ícone amarelo para sinalizar as matérias positivas no jornal France Soir em 1972, o mesmo ano em que seu filho, Nicolas, nasceu.
A carinha feliz foi muito além dos jornais franceses e, cinquenta anos depois, é um dos ícones mais reconhecidos do design gráfico. Nicolas Loufrani transformou o símbolo do pai em uma marca comercial presente em mais de 100 países e com milhares de parcerias.
O Smiley pode ser visto em alimentos, bebidas, roupas e acessórios, brinquedos, decoração e até um clipe do DJ David Guetta. O ponto forte da empresa é que seu símbolo pode mesclar naturalmente com qualquer produto, graças ao valor universal da marca.
“A maneira mais fácil de ser empático com os outros é oferecer um sorriso. O Smiley é sobre isso – a capacidade de pensar positivo e que, não importa o que aconteça, todos nós vamos superar os problemas do mundo”, comenta Nicolas Loufrani, CEO do Smiley.
Inclusive, com o Smiley, Nicolas Loufrani se tornou o “pai dos emoticons”. O francês foi o responsável por criar os primeiros emoticons (hoje conhecidos como “emojis”) usados na internet, e chegou a transformar os símbolos em um Dicionário de Emoticons oficial em 2001.
Nos últimos três anos, o Smiley passou a trabalhar com marcas brasileiras como Farm, Riachuelo, Havaianas, Renner e Hering. “Temos a capacidade de vender muitas coisas, mas o único limite para nosso desenvolvimento é que temos que encontrar parceiros para fazer isso”, disse Loufrani. “Nós vendemos cerveja na Coréia e na China porque temos parceiros lá, mas não no Brasil”, exemplificou.
Ainda este ano, o Smiley planeja lançar a própria coleção de NFTs, com os primeiros emoticons lançados pela marca nos anos 90, além do projeto Future Positive, voltado para produtos sustentáveis.
Os 50 anos do Smiley vão ser celebrados pelo mundo todo com pop-up shops em quinze países diferentes, como Estados Unidos, França, México, Canadá, Espanha, Itália, Reino Unido e Brasil.
Em São Paulo, a partir do dia 31 de março, o Shopping Cidade Jardim e o Shops Jardins abrirão lojas temporárias em uma instalação imersiva da marca. No Cidade Jardim, haverá 90 balões amarelos de até 1,5 m de diâmetro com o icônico logo estampado, além de uma ponte construída especialmente para a ocasião sobre o jardim central do espaço.
O mix de produtos contou com a curadoria e desenvolvimento de Sarah Andelman, diretora criativa da antológica boutique Colette, e intervenção artística criada pelo artista André Saraiva.
Entram na lista baralhos ilustrados, cadernos, além de moletons, jeans, bolsas e chapéus Karl Lagerfeld, hoodies da italiana DSquared, chinelos das Havaianas, brincos Moschino, t-shirts Palm Angels, shapes The Skate Room, óculos Thierry Lasry e um livro da Assouline.
São mais de 50 itens diferentes, incluindo ainda as marcas Philosophy, Joshua Sanders, Saint James, e as nacionais Triya, Cicero e Orientavida, entre outras. “Queremos mostrar o melhor do que fazemos: nossos produtos artísticos”, disse Loufrani.