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Não sou próximo Bolt ou Phelps, sou a 1ª Biles, diz atleta

Tricampeã mundial da prova, já era esperado que Biles dominasse os Jogos do Rio-2016 em sua primeira Olimpíada


	Simone Biles: atleta segue caminho para conquistar recorde de 1ª a ganhar em uma mesma Olimpíada 5 dos 6 títulos possíveis
 (Alex Livesey/Getty Images)

Simone Biles: atleta segue caminho para conquistar recorde de 1ª a ganhar em uma mesma Olimpíada 5 dos 6 títulos possíveis (Alex Livesey/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2016 às 08h55.

Como era de se esperar, a americana Simone Biles, considerada a melhor ginasta da atualidade, conquistou o ouro na prova individual geral dos Jogos Olímpicos Rio-2016, com mais uma apresentação dominante.

A também americana Alexandra Raisman levou a medalha de prata e a russa Aliya Mustafina conquistou o bronze.

Tricampeã mundial da prova, já era esperado que Biles dominasse os Jogos do Rio-2016 em sua primeira Olimpíada e, até agora, ela não decepcionou. Novamente, em ritmo de samba, sorrindo e tornando divertida a sua apresentação, a ginasta mostrou a perfeição que constrói com milhares de repetições a cada treino.

"Não sou o próximo Usain Bolt ou Michael Phelps, sou a primeira Simone Biles", disse após a prova.

Após conquistar o título no geral por equipes com os Estados Unidos, foi a vez de mostrar toda sua técnica no individual, somando 62.198 pontos e vencendo a prova por impressionantes 2.100 pontos, num esporte conhecido por ser decidido por frações.

Raisman (60.098), companheira de equipe de Biles, garantiu o segundo lugar e a russa Mustafina conquistou a medalha de bronze (58.665), assim como em Londres-2012.

Simone Biles, com apenas 19 anos, vai seguindo a toda velocidade seu caminho dourado para conquistar o recorde de primeira ginasta da história a ganhar em uma mesma Olimpíada cinco dos seis títulos possíveis.

Até o momento ela já garantiu dois.

Desta vez não houve suspense no que era a crônica de um ouro anunciado. Mesmo assim, o final foi apoteótico, marcado pela apresentação de Biles no solo, com um sorriso e a perfeição já famosa em todos os movimentos.

Dona do recorde de títulos mundiais (10) e rainha da ginástica artística há três anos com uma verdadeira revolução, Biles não é apenas a rainha indiscutível do esporte. Ela prova a cada prova que tem condições de entrar para o seleto grupo de mitos olímpicos.

Apesar de todos os elogios e superlativos que acompanham a americana desde que era criança, Simone não conseguiu conter a emoção após a apresentação espetacular no solo e abraçou a sua técnica desde os sete anos, Aimee Boorman.

"Estava pensando que finalmente consegui. E quando você percebe, não consegue segurar as emoções. Estava muito orgulhosa", disse.

Como já havia acontecido nas classificatórias e na final por equipes, Simone Biles foi a melhor em todos os aparelhos, com exceção das barras assimétricas, o único em que encontra alguma dificuldade.

Mas ninguém parece capaz de impedir as vitórias da americana nos outros três aparelhos. A ginasta de apenas 1,45 m está prestes a fazer história.

A juventude da 'avó'

Acompanhando de perto cada movimento de Biles estava a 'veterana' Alexandra Raisman, que aos 22 anos recebeu o apelido de 'avó' do grupo, em um esporte cada vez mais exigente, que atropela as estrelas sem remorsos.

Ninguém se lembrou nesta quinta-feira de Gabrielle Douglas, a protagonista dos Jogos de Londres-2012, onde, com apenas 16 anos e seu ouro no 'all-around', se tornou a primeira ginasta negra a ser campeã olímpica do individual geral, mas que ficou de fora da final.

Ao lado de Douglas, Raisman conseguiu há dois dias o ouro por equipes que as duas haviam faturado em Londres. As duas são as únicas sobreviventes da equipe americana da Olimpíada anterior, mas a 'avó' ainda tem muito para mostrar e conquistou a prata do individual geral com a segunda melhor nota em todos os aparelhos, menos nas barras assimétricas, onde as americanas encontram problemas.

Raisman obteve, assim, a segunda melhor nota no salto, na trave de equilíbrio e no solo, onde defenderá na próxima terça-feira seu título de Londres.

Para as americanas, as barras assimétricas se apresentam como o maior desafio.

Mas com a russa Mustafina isto é diferente. Pendurada nas barras, ela não tem rivais. A ginasta, que não pôde competir no último Mundial por lesão, é a defensora do título olímpico da prova. Em Londres-2012 ela foi a ginasta com o maior número de medalhas. Dois pódios ela já repetiu no Rio: a prata por equipes e o bronze individual.

Brasil

O Brasil classificou duas ginastas para a final do individual geral e as duas atletas tiveram resultados opostos.

A experiente Jade Barbosa precisou desistir da competição após a segunda rotação, o solo, onde sofreu uma lesão no pé direito. Sem conter as lágrimas, ela foi retirada de cadeira de rodas da Arena Olímpica, sob aplausos do público.

Jade entrou na final na última hora, depois que a novata Flávia Saraiva abriu mão de sua vaga para ficar concentrada na final da trave de equilíbrio na próxima segunda-feira.

Rebeca Andrade brigou de igual para igual com as melhores ginastas do mundo durante toda a prova, sempre aparecendo na parte de cima da tabela de classificação.

Com a boa apresentação na soma dos aparelhos, com destaque para a excelente performance no salto que lhe valeu 15.566, a paulista de 17 anos terminou a competição na 11ª colocação, com 56.965 pontos.

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