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Shirley Temple, atriz que ajudou os EUA a superar Depressão

A lendária atriz americana Shirley Temple, que foi a atriz mirim mais famosa da história de Hollywood, faleceu aos 85 anos

Shirley Temple: cachinhos dourados e um sorriso marcante viraram uma espécie de brilho de esperança nos Estados Unidos durante a depressão (AFP)

Shirley Temple: cachinhos dourados e um sorriso marcante viraram uma espécie de brilho de esperança nos Estados Unidos durante a depressão (AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 09h36.

Los Angeles - A lendária atriz americana Shirley Temple Black, que foi a atriz mirim mais famosa da história de Hollywood, faleceu aos 85 anos, anunciou a família.

Shirley Temple Black conquistou o público com seus cachinhos dourados, praticamente uma marca registrada, e um sorriso marcante, que viraram uma espécie de brilho de esperança nos Estados Unidos durante a depressão econômica.

"Nós anunciamos, com grande tristeza, que a embaixadora Shirley Temple Black, ex-atriz mirim de Hollywood e para sempre a 'queridinha da América', morreu em paz em sua casa de Woodside, Califórnia, de causas naturais", afirma um comunicado da família.

"Nós a saudamos por uma vida de realizações notáveis como atriz, diplomata e, mais importante, como nossa amada mãe, avó e bisavó, e adorada esposa por 55 anos do falecido e saudoso Charles Alden Black".

Com suas músicas, dança e inocência em um momento de falta de empregos e de dinheiro, com um dia a dia muito difícil na América, a estrela de "A Pequena Órfã" e "A Pequena Princesa" se tornou, aos seis anos, a pessoa mais jovem a receber um Oscar.

Ela foi a rainha das bilheterias por três anos consecutivos, de 1936 a 1938.

O então presidente Franklin D. Roosevelt elogiou seu "otimismo contagiante" e chegou a declarar que "desde que nosso país tenha Shirley Temple, nós vamos ficar bem".

Shirley Temple estrelou mais de 40 filmes, a maioria deles antes de completar 12 anos.

Em 1972 foi diagnosticada com câncer de mama e superou a doença.

Atriz, cantora e bailarina, deixou a profissão no fim dos anos 40 para se dedicar à política e à diplomacia. Foi eleita congressista pelo Partido Republicano em 1967,.

Também foi embaixadora nas Nações Unidas (1969-1970), depois em Gana (1974-1976) e na então Tchecoslováquia (1989).


Nascida em 23 de abril de 1928 em Santa Monica, Califórnia, Shirley Jane Temple estreou em 'Baby Burlesques', curtas-metragens que parodiavam os grandes filmes da época, mas com crianças nos papéis de protagonistas.

Ela imitou a diva Marlene Dietrich e a namorada de Tarzan, Jane, entre outros, nesta série de curtas.

Depois que os filmes controversos foram banidos em 1933, a estrela mirim passou aos filmes de estúdios e protagonizou "Alegria de Viver" em 1934.

Shirley Temple estrelou muitos filmes nos anos seguintes, como "Olhos Encantadores", que tinha sua música mais conhecida, "On the Good Ship Lollipop," seguio por "Heidi" e "Sonho de Moça", entre ouros.

Encorajada pela mãe a "brilhar", ela virou uma estrela mirim de imensa popularidade.

Apesar de ter feito filmes como adolescente e jovem adulta, como "Solteirão Cobiçado", com Myrna Loy e Cary Grant, e "Sangue de Heróis", com John Wayne, Henry Fonda e John Agar, seu primeiro marido, sua carreira perdeu o brilho dos primeiros anos.

Depois do divórcio de Agar, ela conheceu o segundo marido, Charles Black, com quem se casou em dezembro de 1950, e continuou a atuar na televisão e rádio.

Charles Black faleceu em 4 de agosto de 2005. Ela deixa três filhos: Lori, Charlie e Linda.

Nos anos 60, ela passou a atuar na política e foi a representante dos Estados Unidos na ONU durante a presidência de Richard Nixon.

Shirley Temple foi homenageada com o prestigioso Kennedy Center Honors em 1998 e foi considerada uma das grandes estrelas do cinema de todos os tempos pela revista Premiere e pela Entertainment Weekly.

Também aparece na lista de 50 Grandes Lendas do cinema do American Film Institute.

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