Casual

Sete variações imperdíveis do Negroni, inventado um século atrás

Resgatado do ostracismo na última década, o negroni completa um século neste ano

Cabroni, do Benzina (Lucas Terribili/Divulgação)

Cabroni, do Benzina (Lucas Terribili/Divulgação)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 14 de agosto de 2019 às 07h00.

Última atualização em 14 de agosto de 2019 às 07h00.

Resgatado do ostracismo na última década, o negroni completa um século neste ano. Reza a lenda que foi em 1919 que o conde italiano Camillo Negroni teria pedido ao bartender do Caffè Casoni, em Florença, por uma versão mais potente do americano, o clássico coquetel que une Campari, vermute doce e club soda. Fosco Scarselli, o mandachuva do balcão, teria então trocado o último ingrediente pelo gim, usado uma casca de laranja para decorar e pronto.

O coquetel amarguinho é tido como o principal responsável por abrir o paladar da maioria dos frequentadores de bares para drinques com sabores mais robustos. No Brasil, parte da recente popularização se deve à Negroni Week, evento mundial patrocinado pela Campari que é organizado no país anualmente desde 2015 e convida diversos bares a promover a receita.

Para os bartenders, está longe de ser o drinque mais desafiador - basta despejar gim, vermute e bitter em partes iguais, encher de gelo, mexer e decorar com a casca de laranja. Para a maioria deles, criar variações mais inventivas do coquetel é uma questão de honra. A seguir, algumas que todo entusiasta do negroni deveria experimentar.

Negroni com caju (Fortunato bar)

Sob o comando do bartender Marcos Félix, vencedor da etapa brasileira do concurso World Class 2016, o Fortunato Bar incluiu há pouco no cardápio uma versão do drinque infusionada com caju, que ajuda a quebrar o amargor. Custa R$ 31. Endereço: R. Joaquim Távora, 1356, Vila Mariana, São Paulo (11) 4680-2966.

Negroni com caju, do Fortunato bar

Negroni com caju, do Fortunato bar (Leo Feltran/Divulgação)

Negroni Smoked (Raw Burger N Bar)

Situada na Vila madalena, a hamburgueria Raw Burger N Bar também é conhecida pelos drinques. Defumado na hora com anis e alecrim, o perfumadíssimo negroni da casa custa R$ 29. Endereço: R. Aspicuelta, 176, Vila Madalena, São Paulo.

Negroni Smoked, no Raw Burger N Bar

Negroni Smoked, no Raw Burger N Bar (Julia Guedes/Divulgação)

Negroni com café (Garoa Ipanema)

Filial de um badalado pub em Santiago de Compostela, na Espanha, o Garoa Bar Lounge abriu as portas no Leblon em 2016. Em julho, ganhou uma unidade em Ipanema, na qual o bartender Igor Renovato prepara uma versão do coquetel amarguinho infusionada com grãos da cafeteria Cafe ao Leu, de Copacabana (R$ 28). Endereço: Rua Prudente de Morais, 1810, Ipanema, Rio de Janeiro, (21) 3264-7760.

Negroni com café, no Garoa Ipanema

Negroni com café, no Garoa Ipanema (Sergio Greif/Divulgação)

Forbidden negroni (Micro Bar)

O balcão do Micro Bar, comandado pelo bartender italiano Nicola Bara, acomoda apenas oito pessoas. O forbidden negroni (R$ 27,90), sua releitura do coquetel centenário, ganha bitter de laranja, folhas de manjericão roxo e shrub cítrico de mamão, manga e beterraba. Sobre o gelo Bara posiciona uma cestinha de bolacha de água e sal com creme de mamão e sagu de shoyu. Endereço: Av. Ataulfo de Paiva, 1079, loja F, Leblon, Rio de Janeiro, (21) 99435-0307.

Forbidden negroni, do Micro Bar

Forbidden negroni, do Micro Bar (Bernardo Britto/Divulgação)

Negrocho (Caju - Four Seasons Hotel São Paulo)

Depois da última edição da Negroni Week o bar Caju, no lobby do hotel Four Seasons de São Paulo, manteve sete variações do drinque no cardápio, criado pelo bartender Paulo Ravelli. O negrocho (R$ 38) é a versão que leva rum no lugar do gim, o que faz toda a diferença. Endereço: R. Eng. Mesquita Sampaio, 820, Vila São Francisco, São Paulo.

Negrocho, no Caju - Four Seasons Hotel São Paulo

Negrocho, no Caju - Four Seasons Hotel São Paulo (Caju/Divulgação)

Cabroni (Benzina)

Vencedor da etapa brasileira do World Class em 2019 - além de ter chegado ao mesmo estágio representando a Suíça há dois anos -, o bartender Gabriel Santana, mandachuva do Benzina, na Vila Madalena, recorreu à tequila para reinventar o negroni. Além do destilado, que ocupa o lugar do gim, o drinque ganha ainda vermute rosso, Aperol, Cynar, chocolate e pimenta (R$ 30). Endereço: Rua Girassol, 396, Vila Madalena, São Paulo, (11) 3031-2008.

Cabroni, do Benzina

Cabroni, do Benzina (Lucas Terribili/Divulgação)

Negroni Tropical (Baretto-Londra – Hotel Fasano)

Em homenagem aos 100 anos do drinque, o classudo bar dentro do hotel Fasano carioca lançou uma carta com diversas variações do coquetel. O que melhor convém ao nosso clima tropical junta gim, bitter, vermute rosso, vodca com sabor de manga, maracujá, espuma de abacaxi e twist de laranja (R$ 44). Endereço: Avenida Vieira Souto, 80, Ipanema, Rio de Janeiro, (21) 3202-4000.

Negroni Tropical do Baretto-Londra, Hotel Fasano

Negroni Tropical do Baretto-Londra, Hotel Fasano (Lipe Borges/Divulgação)

Acompanhe tudo sobre:BaresBebidasbebidas-alcoolicas

Mais de Casual

Kobra transforma instituto e ateliê aberto ao público em inspiração para grafiteiros

O dia em que joguei tênis na casa do Ronaldo Fenômeno

Torra fresca: novidades para quem gosta de café

Leilão de relógios de luxo tem Rolex com lance a partir de R$ 50