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Série de polêmicas leva dramaticidade à Olimpíada

Os Jogos vem sendo apimentados com arbitragens questionáveis, erro técnico na esgrima, rebaixamentos pós-competição e a polêmica expulsão de oito jogadoras de badminton

Entre os favoritos a ouro no quesito dramaticidade está a sul-coreana Shin A-lam, que se sentou na pista de esgrima, chorando, durante um hora por sua eliminação (Hannah Johnston/Getty Images)

Entre os favoritos a ouro no quesito dramaticidade está a sul-coreana Shin A-lam, que se sentou na pista de esgrima, chorando, durante um hora por sua eliminação (Hannah Johnston/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 14h05.

Londres - Perder na Olimpíada dói. Mas sofrer uma injustiça, real ou imaginária, é pura agonia.

Os Jogos de 2012 vem sendo apimentados com arbitragens questionáveis, um erro técnico na esgrima, rebaixamentos pós-competição e - este inédito - a polêmica expulsão de oito jogadoras de badminton acusadas de violar o espírito, mas não as regras, do esporte.

Acrescente um troca de bandeiras constrangedora e uma boa pitada de revolta do público e Londres garante sua cota de momentos memoráveis, nos quais a paixão transbordou em protestos, frustração e fúria.

Entre os favoritos a ouro no quesito dramaticidade está a sul-coreana Shin A-lam, que se sentou na pista de esgrima, chorando, durante um hora em protesto por sua eliminação da semifinal da prova de espada.

Ela concorre com a equipe de futebol feminino da Coreia do Norte, que se recusou a ficar no campo para uma partida com a Colômbia quando o telão mostrou por engano a bandeira da Coreia do Sul.

Enquanto o boxeador iraniano Ali Mazaheri saiu revoltado do ringue por ser desclassificado, a ciclista da casa Victoria Pendleton simplesmente abaixou a cabeça, descrente de sua desclassificação em um evento no qual poderia ter levado o ouro, e depois reagiu aos prantos em uma entrevista.

"Muitos atletas analisaram os desfechos possíveis com suas equipes de apoio", disse Andrew Lane, professor de psicologia do esporte na Universidade de Wolverhampton, na Inglaterra, "mas não há preparo para essas decisões incomuns".

Apesar dos comportamentos teatrais, Londres ainda está longe de outras Olimpíadas.

Em Seul, em 1988, o boxeador sul-coreano Jung-Il Byun se recusou a deixar o ringue durante 67 minutos depois de perder uma luta e ficou na escuridão quando os organizadores decidiram desligar as luzes.

Mas o maior chilique olímpico de todos pode ter sido o do lutador de taekwondo cubano Ángel Valodia Matos em Pequim-2008, que depois de ser desclassificado por levar tempo demais cuidando de uma lesão chutou o rosto do árbitro. Ele foi expulso do esporte pelo resto da vida.

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