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"Ser gay não é pecado", diz bispo evangélico homossexual

Anderson Zambom, bispo de 26 anos, diz por que fundou a Igreja Evangélica Inclusiva do Brasil, para partidários de qualquer preferência sexual

Parada Gay de São Paulo (Rogério Lacanna/Capricho)

Parada Gay de São Paulo (Rogério Lacanna/Capricho)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 1 de abril de 2012 às 10h15.

Por que o senhor decidiu abrir sua própria igreja?

Porque, na denominação que eu frequentava, ser gay é motivo de piada. Para os pastores, a homossexualidade é um grande pecado. Então, criei um espaço inclusivo e sem preconceitos para que gays como eu possam expressar sua fé.
 
Quando o senhor resolveu assumir que era gay?

Na adolescência, tive várias namoradas. Os pastores até me pressionavam para que eu casasse. Mas, aos 19 anos, tive meu primeiro namorado e vi que não dava mais para viver com máscaras.
 
Explique como é a sua igreja.

Ela é pentecostal e segue o Evangelho. A diferença é que é aberta a todos e abriga quem é excluí­do por causa de sua sexualidade. Mas não será um gueto gay. Famílias e heterossexuais são bem-vindos.
 
Como foi o primeiro culto?

Vieram umas cinquenta pessoas. Acho que é só uma questão de tempo para a frequência crescer.
 
Afinal, ser gay é pecado?

A Bíblia não fala de condenação à homossexualidade, e Deus não faz distinção entre as pessoas. O problema é que pastores fundamentalistas passam os ensinamentos errados. É evidente que ser gay não é pecado.

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