Los Angeles - A semelhança física entre o personagem satã da série de TV "The Bible", interpretado pelo ator marroquino Mohamen Mehdi Ouazanni, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, gerou uma grande polêmica nesta segunda-feira no país, onde as pessoas questionam se essa coincidência poderia esconder uma suposta mensagem política.

A discussão em torno da semelhança física entre satã e Obama acabou sendo repercutida nas redes sociais pelo comentarista conservador cristão Glenn Beck, que ontem perguntou aos seus mais de 640 mil seguidores do Twitter, se o personagem da série do "History Channel" era como "esse tipo", em alusão ao presidente dos EUA.

Junto desta mensagem, Beck também postou uma imagem do personagem interpretado por Ouzanni - encapuzado e com rosto sério -, a qual foi reproduzida na imprensa local e comparada com outras fotos de Obama.

Anteriormente, Ouzanni tinha participado de outras séries religiosas, como "Bíblia Sagrada - Davi", "Jeremiah", "No Começo" e "The Ten Commandments".

O "History Channel" ainda não se pronunciou em relação a essa polêmica, que certamente despertará mais interesse na série. "The Bible", que possui dez capítulos, se transformou em um êxito nos EUA desde sua estréia no início do mês, quando registrou uma audiência de 13 milhões de espectadores.

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De acordo com o site "The Hollywood Reporter", a série do "history Channel" conta com produtores que contribuíram economicamente com a campanha presidencial de Obama em 2008, assim como a Convenção Nacional Democrata de 2009 e outros candidatos do mesmo partido.

Essa não é a primeira vez que uma série de televisão se vê envolvida em uma polêmica deste tipo. No último ano, os criadores de "Game of Thrones" tiveram que pedir desculpas pela utilização de cabeças similares à do ex-presidente George W. Bush em sequências de pessoas decapitadas.

Na ocasião, David Benioff e D.B. Weiss admitiram ter usado um modelo de rosto similar ao de Bush por motivos de orçamento.

"A cabeça de George Bush aparece em algumas cenas. Não foi uma escolha e não se trata de uma mensagem de conteúdo político, já que tivemos que usar todas as cabeças que tínhamos ao nosso alcance", comentaram.