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Seleção sofreu demais com a pressão, afirma psicóloga

Segundo profissional convocada por Felipão, o grupo inteiro sofria demais com a pressão de torcedores e até da própria comissão técnica


	Jogadores do Brasil após o segundo gol da Alemanha, no Mineirão
 (Eddie Keogh/Reuters)

Jogadores do Brasil após o segundo gol da Alemanha, no Mineirão (Eddie Keogh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 08h58.

São Paulo - A psicóloga Regina Brandão, convocada pelo ex-técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, para ajudar os jogadores após o episódio de aparente descontrole emocional depois do jogo contra o Chile, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, declarou na noite de segunda-feira que o grupo inteiro sofria demais com a pressão de torcedores e até da própria comissão técnica.

Durante entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, Regina chegou a dizer que o próprio Felipão reconheceu a cobrança excessiva.

"O pós-jogo do Chile foi um momento único por ter se tratado de uma partida extremamente difícil e isso foi aumentando ainda mais a tensão dos jogadores para os próximos jogos", detalhou a psicóloga, se referindo ao confronto definido apenas na disputa de pênaltis.

"Apesar de mostrar muitas qualidades, o elenco tinha pouca experiência para enfrentar tanta cobrança."

Para a profissional, a falta de tempo hábil para trabalhar a maturidade emocional dos atletas contribuiu para que o grupo passasse a imagem de descontrole.

"O trabalho foi limitado, sem dúvida. Não houve tempo para fazer um treinamento mental com os jogadores. A psicologia no esporte tem de ser trabalhada dentro de um tempo e sabe-se que uma competição dessas atinge uma intensidade máxima emocional", explicou.

Segundo Regina, o momento abre espaço para discutir as mudanças que podem ser feitas dentro dos clubes brasileiros, com a intensificação de trabalhos psicológicos.

"A seleção alemã, por exemplo, teve 10 anos de preparo emocional. O Benfica, de Portugal, trabalha com o mesmo psicólogo há 18 anos. É uma mudança que tem de ser feita de cima para baixo, partindo das direções dos clubes. Torço para que isso não caia no esquecimento."

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