São Paulo - Se você é magro e acha que não precisa praticar nenhum tipo de exercício físico, tome cuidado: um estudo realizado pela Universidade de Cambridge revelou que o sedentarismo pode matar praticamente o dobro de vezes mais que a obesidade.
Publicada no American Journal of Clinical Nutrition, a pesquisa buscou problematizar sobre os perigos relativos ao sedentarismo e a obesidade.
Para isso, os pesquisadores acompanharam 334 161 europeus por 12 anos. Durante esse tempo, eles avaliavam os níveis de exercício e as medidas de cintura registrados a cada morte.
Com esse levantamento, os pesquisadores descobriram que 676 mil mortes são causadas por inatividade ao ano, contra 337 mil devido ao peso em excesso.
Segundo o professor e pesquisador Ulf Ekelund em entrevista para a BBC News, o maior risco foi identificado em pessoas classificadas como sedentárias, fator consistente tanto para quem tinha peso normal, quanto para os que sofriam com sobrepeso e obesidade.
Ekelund ainda afirma que eliminar o sedentarismo na Europa poderia reduzir os índices de mortalidade em cerca de 7,5% - ou 676 mil mortes enquanto apenas tratar a obesidade traria apenas 3,6% de redução nas mortes.
Durante a pesquisa, também foi identificado que as doenças causadas por inatividade e obesidade eram em grande parte iguais, como problemas cardiovasculares.
Porém, a diabetes do tipo 2 foi mais encontrada em pessoas que tinham obesidade.
Além disso, sabendo que o sobrepeso e o sedentarismo andam lado a lado, as pessoas podem achar que não há problema algum em ser magro e não praticar nenhuma atividade física no dia a dia.
É aí que elas se enganam: as pessoas magras não passam ilesas pelo problema da inatividade; inclusive, elas têm um risco maior a ter problemas de saúde quando não praticam nenhum tipo de atividade.
Enquanto isso, pessoas com obesidade que praticam exercícios têm uma saúde melhor do que aqueles que não praticam nada.
Para tentar combater ambos os problemas e reduzir a taxa mortalidade da população, os pesquisadores sugerem que todas as pessoas deveriam praticar pelo menos 20 minutos de caminhada independentemente de quanto elas pesam, pois o exercício que traz benefícios substanciais.
E aí, que tal largar um tempo do PC e da TV para cuidar da saúde?
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1. Saúde e Carreira
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1/12 (Getty Images)
São Paulo –
Pesquisa realizada pela
SulAmérica com mais de 41 mil segurados de 240 empresas em 10 capitais brasileiras indica que a
carreira pode, sim, interferir na
saúde dos profissionais. Foram avaliados, para a elaboração do estudo
Saúde Ativa, por ramo de atividade, o índice de profissionais estressados, sedentários obesos ou com sobrepeso, além do consumo de
álcool e de
cigarro, entre outras variáveis. Os dados foram colhidos ao longo de dois anos, entre 2010 e 2012. Profissionais administrativos e
advogados auditores,
arquitetos,
consultores contábeis e de gestão empresarial são mais estressados. Já os mais gordinhos são os profissionais do setor de transportes e de associações e sindicatos. O sedentarismo está em alta em todas as carreiras pesquisadas: índices variam de 54,6% a 69,5%, tendo a maior incidência nos profissionais de saúde. Confira os percentuais de
obesidade ou sobrepeso (IMC), sedentarismo, tabagismo,
stress e de consumo de álcool de profissionais de 10 setores da economia:
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2. Profissionais do setor de construção
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2/12 (Kiko Ferrite/EXAME)
Quem entra nessa classificação: funcionários de empresas de preparação de terrenos, construção de edifícios, obras de engenharia civil e infraestrutura.
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3. Profissionais dos ramos de advocacia, contabilidade, arquitetura e consultorias
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3/12 (Getty Images)
Quem entra nessa classificação: funcionários de escritórios de advocacia, contabilidade, auditoria e arquitetura, consultorias de gestão empresarial e desenvolvimento de pesquisa entre outras atividades.
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4. Profissionais administrativos
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4/12 (Getty Images)
Quem entra nessa classificação: funcionários de empresas de locação de máquinas e equipamentos, agências de viagens e locação de mão-de-obra.
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5. Profissionais de sindicatos e associações
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5/12 (Edison Vara/Reuters)
Quem entra nessa classificação: funcionários de associações e sindicatos ligados à cultura, arte e política.
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6. Profissionais do setor de saúde
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6/12 (Michele Tantussi/Bloomberg)
Quem entra nessa classificação: funcionários de empresas relacionadas à saúde humana e assistência social e atividades relacionadas.
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7. Profissionais do setor de transportes
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7/12 (Susan McSpadden/Getty Images)
Quem entra nessa classificação: funcionários de empresas de transporte (aéreo, aquaviário e terrestre) e armazenamento. Inclui atividades relacionadas a entregas postais ou de mercadoria.
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8. Profissionais do setor de comércio
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8/12 (Dado Galdieri/Bloomberg)
Quem entra nessa classificação: funcionários de empresas de comércio varejista e comércio de veículos automotores e motocicletas.
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9. Profissionais do setor de informação e comunicação
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9/12 (Getty Images)
Quem entra na classificação: funcionários de empresas de telecomunicações, tecnologia da informação e prestação de serviço, rádio e televisão, edição e de atividades relacionadas à produção de vídeos e programas de televisão.
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10. Profissionais do setor financeiro
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10/12 (Germano Lüders/EXAME.com)
Quem entra na classificação: funcionários de empresas do setor financeiro e segurador e serviços relacionados a essas atividades.
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11. Profissionais do setor de indústria da transformação
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11/12 (Agência Vale)
Quem entra na classificação: funcionários de empresas voltadas para fabricação de bens de consumo duráveis e não duráveis; indústria dos setores de metalurgia, mineração e química.
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12. Agora , confira as carreiras mais vantajosas, segundo estudo feito pelo IPEA
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12/12 (Marcos Santos/USP Imagens)