Vingadores Ultimato: filme é um dos recordes de venda da Marvel, que tem 9 filmes entre os campeões de bilheteria da história do cinema (Disney/Reprodução)
AFP
Publicado em 5 de novembro de 2019 às 21h36.
Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 21h38.
O diretor americano Martin Scorsese voltou a criticar, nesta terça-feira, os filmes dos estúdios da Marvel, os quais considera produtos criados para o consumidor, o que provocou uma resposta do CEO da Disney, que saiu em defesa de sua subsidiária.
No início de outubro, o cineasta, de 76 anos, provocou uma polêmica ao declarar que os longa-metragens da Marvel, concentrados no universo dos super-heróis, parecem mais um "parque de diversões" que "cinema".
"Muitos dos elementos característicos do cinema, até onde eu sei, estão presentes nos filmes da Marvel", escreveu. "O que não existe é a revelação, o mistério ou o perigo emocional real. Não há risco", argumentou o diretor em uma coluna de opinião publicada nesta terça no jornal The New York Times.
As produções da Marvel são, segundo Scorsese, como todas as franquias cinematográficas modernas, "calibradas, testadas, modificadas (...) e modificadas novamente até que estejam prontas para o consumo".
O diretor diz que está dando um passo à frente para criticar a padronização da oferta cinematográfica em detrimento da diversidade. "Se você dá um tipo de coisa para as pessoas e lhes vende infinitamente um tipo de coisa, claro que vão querer mais desse tipo de coisa", apontou Scorsese.
"Não acho que ele já tenha visto um filme da Marvel", disse Bob Iger, CEO da Disney, a proprietária da Marvel, em uma entrevista emitida pela BBC nesta terça. "Qualquer um que tenha visto um filme da Marvel não poderia fazer com honestidade essas declarações", acrescentou.
Nove dos 25 filmes de maior bilheteria da história do cinema são do estúdio da Marvel, incluindo "Vingadores: Ultimato", que bateu o recorde do gênero no fim de julho.