Os onze produtos da Sallve, que pretende expandir o portfólio este ano. (Sallve/Divulgação)
Julia Storch
Publicado em 12 de abril de 2021 às 08h10.
Última atualização em 16 de abril de 2021 às 17h19.
Os consumidores pedem e a Sallve entrega, ou pelo menos tenta. Com mais de 488 mil fãs no Instagram, a marca de skincare nativa digital teve um 2020 não apenas de crescimento de seu faturamento, em quatro vezes, mas também de seu portfólio, passando de 3 para 9 produtos (agora já são 11 e até o final do ano terão 10 novos). Não à toa, a forte demanda por produtos de cuidado com a pele vem crescendo exponencialmente, e marcas que já tinham presença forte no digital se beneficiaram (e muito) com os consumidores migrando para os e-commerces durante a pandemia. Em conversa exclusiva à Casual, Bianca Pi, Chief Marketing Officer, conta sobre os projetos de sucesso da marca lançada em 2019, e sobre os próximos passos da Sallve.
Ganha pouco, mas gostaria de começar a guardar dinheiro e investir? Aprenda com a EXAME Academy
Com a publicitária, modelo e influenciadora desde a época dos blogs, Julia Petit, como uma das fundadoras da Sallve (além de Daniel Wjuniski e Marcia Netto), a marca traz o forte apelo de outros influenciadores. “Porém, de pessoas que tem alinhamento com a Sallve”, comenta Pi. Da Bonita de Pele, Jana Rosa a comunicadora e ativista Nátaly Nery, o Instagram da marca contém conteúdos que vão desde formas de aplicação e benefícios dos produtos até vídeos sobre saúde mental, autoestima e pautas antirracistas. "Esses temas estão em nossos corações e no nosso propósito. São assuntos que precisam ser tratados e de forma natural", explica.
Para Petit, “as pessoas sentem que não são ouvidas e que as empresas não estão cientes das diferenças culturais em cada estado no Brasil”, disse à Exame Negócios. Assim, a comunicação da marca se torna um dos grandes aliados ao sucesso da Sallve. Dos 100 funcionários (70 contratados no ano passado), 30 estão na equipe de comunicação e marketing liderados por Bianca. Além disso, os influenciadores (sejam estes homens ou mulheres) põem seus rostos para testar os produtos, antes mesmo destes serem vendidos. Se forem aprovados, vão para o site.
Segundo Pi, para os consumidores, um público de 20 a 34 anos, “uma recomendação de uma dermatologista está no mesmo nível de uma pessoa que eles confiam, uma blogueira, uma pessoa que tem familiaridade nesta categoria de beleza. Porém, a Sallve não diminui ou descarta o papel do profissional”.
Essa relação próxima dos consumidores se transformou em informações detalhadas sobre o comportamento e hábitos de consumo dos clientes. “É literalmente uma troca”, comenta Pi sobre as mais de 637 mil respostas em uma pesquisa sobre tipos de pele no site da Sallve. “Com essa base de dados, nosso sistema de inteligência artificial cruza todas essas respostas. Em cima deles, começamos a investigar mais a fundo quais são essas dores dos consumidores. A característica mais comum é a pele oleosa. Com isso, aparecem muitas questões de acne e manchas causadas por acne, melasma e Sol.”
Hoje são onze produtos disponíveis nas embalagens coloridas: Antioxidante Hidratante (com mais de 300 mil unidades vendidas), Esfoliante Enzimático, Hidratante Firmador, Limpador Facial, Bálsamo Demaquilante, Tônico Renovador, Sérum Antiacne, Hidratante Labial, Sérum Uniformizador e as Máscaras Purificante e Antirressaca. Os dois últimos itens, já esgotados, voltarão ao site ainda este ano.
Os fãs da marca também poderão adquirir mais dez novos produtos ainda este ano. Bianca adianta que as categorias de corpo entrarão no portfólio e que estudam a entrada dos protetores solares, “o produto mais pedido pelas consumidoras”. Com estes lançamentos, a marca, que tem quatro grandes fundos de Venture Capital como investidores, Astella, Canary, Kaszek e Waldencast, e mais de 60 milhões de reais em investimentos, pretende crescer três vezes em 2021.
Mesmo sendo uma marca nativa digital, os planos de se tornar omnichannel também estão no radar da marca. "Seja em um marketplace, perfumaria, farmácia ou lojas pop up", finaliza Pi.