Salão Julian Farel em Nova York: estabelecimento adotou novas medidas de proteção contra a disseminação do coronavírus (Bloomberg/Getty Images)
Beatriz Correia
Publicado em 23 de junho de 2020 às 21h13.
Última atualização em 23 de junho de 2020 às 21h42.
Enquanto a cidade de Nova York avança para uma nova etapa na reabertura da covid-19, o salão de alto padrão Julien Farel, que fica no Upper East Side, registra uma fila de espera de 1.200 pessoas para fazer um corte de cabelo ao custo de mil dólares (o equivalente a R$ 5.150 na cotação atual).
A enorme lista de espera é registrada após o estabelecimento ficar três meses fechado por causa das medidas de isolamento social em decorrência da pandemia do coronavírus.
Suelyn Farel, diretora do salão e esposa de Julien Farel, afirmou à Reuters que as pessoas têm ligado, enviado e-mails e mensagens de textos sem parar para marcar um horário.
Com a reabertura, o salão mudou os protocolos de atendimento e antes do corte de mil dólares os clientes precisam passar por uma desinfecção das mãos com álcool gel, e o uso de máscaras é obrigatório.
Após ser um dos epicentros da doença, o estado de Nova York agora é um dos locais a entrar na fase de reabertura. Além dos salões de beleza e barbearias, os bares e restaurantes também tiverem permissão para abrir na cidade após mais de 100 dias de quarentena.
A pandemia matou mais de 120 mil americanos, dos quais ao menos 21 mil em Nova York, que teve mais de 217 mil casos. Nos piores dias, o estado chegou a perder mil vidas por dia.
Com a reabertura em algumas partes do mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz alerta para o risco de uma segunda onda de surto da covid-19.
“Qualquer oportunidade que o vírus tiver de se instalar, ele aproveitará”, disse Maria Van Kerkhove, epidemiologista e principal autoridade técnica da OMS para a pandemia. Ela fez um apelo aos países para “darem tudo de si” para isolar tais casos para evitar uma nova transmissão comunitária.
(Com informações da Reuters e da Agência O Globo)