BMW apresenta no IAA Mobility a nova geração do iX3, primeiro modelo da família Neue Klasse, que marca a transição da marca para uma nova era de veículos elétricos (Divulgação)
Repórter de automobilismo
Publicado em 13 de setembro de 2025 às 06h00.
Um dos poucos salões a resistir ao esfacelamento daquilo que já foi a principal festa do setor automotivo, o IAA Mobility exibirá até o próximo domingo, 14, um equilíbrio entre carros-conceito e estreias de carros prontos para o mercado.
Como convém a um salão alemão – historicamente sediado em Frankfurt e desde 2021 organizado em Munique – o Internationale Automobil-Ausstellung confirmou o domínio das marcas locais.
Destaque para a BMW, que revelou a nova geração do iX3, primeiro representante da nova família Neue Klasse, considerada um marco na história da marca.
“A Neue Klasse é o nosso maior projeto voltado para o futuro e marca um enorme salto em termos de tecnologias, experiência de condução e design. Não estamos apenas colocando nas ruas a próxima geração de um de nossos veículos totalmente elétricos mais bem-sucedidos, estamos lançando uma nova era para a BMW”, avalia Oliver Zipse, presidente do conselho de administração da BMW AG.
Produzido na nova planta da BMW em Debrecen, na Hungria, o novo iX3 é equipado com um motor de 469 cv e promete autonomia de até 805 quilômetros.
Enquanto se apresentava ao mundo, o BMW iX3 também conheceu o Mercedes-Benz GLC, seu rival direto e estandarte da “maior ofensiva de produtos" de sua história, segundo a marca.
Projetado para se assemelhar ao atual GLC com motor a combustão, o GLC elétrico se diferencia pela grade composta por 942 luzes de LED; no interior, uma tela sensível ao toque ocupa toda a largura do painel. Sua base é a nova plataforma de veículos MB.EA, que lhe garante autonomia de 700 km.
Na Audi, a estrela foi o Concept C, embaixador da nova linguagem visual da fabricante de Ingolstadt. "A simplicidade radical está no cerne da nossa abordagem. Alcançamos a clareza reduzindo tudo ao essencial", define Massimo Frascella, chefe de design da marca.
Embora guarde semelhanças com o TT – cupê de entrada da marca, lançado em fevereiro de 1998 e descontinuado em novembro de 2023 após quase 700 mil unidades produzidas –, o modelo não é considerado seu sucessor. Quando estrear no mercado, em 2027, será um modelo elétrico de dois lugares posicionado entre o TT e o R8, também fora de linha.
Espera-se que ele utilize bases semelhantes às dos próximos Boxster e Cayman elétricos, que nascerão da plataforma PPE (Premium Platform Electric), desenvolvida por Porsche e Audi.
Falando em Porsche, a marca revelou no Salão de Munique simplesmente o 911 mais potente da história: com tecnologia híbrida, o novo Turbo S chega a 711 cv e acelera até os 100 km/h em 2,5 segundos.
Enquanto um único turbocompressor elétrico de gases de escape (eTurbo) está integrado ao sistema T-Hybrid no 911 GTS, dois eTurbos são utilizados no novo 911 Turbo S.
Três modelos marcaram a presença da Volkswagen no evento. A empresa confirmou que a versão de produção do conceito ID 2all, apresentada na edição passada do Salão de Munique, adotará o nome Polo, que desembarca nas lojas da Europa no próximo ano com baterias de 38 kWh e 56 kWh – esta com autonomia de cerca de 450 km e capacidade de recarga de até 125 kW. No ano seguinte será a vez do ID Polo GTI.
Outra revelação importante da marca foi o SUV elétrico ID Cross, também à venda no próximo ano.
Marcas de outras nacionalidades também tiveram seus momentos no Salão de Munique. A Hyundai apresentou o Concept Three, que apresenta a futura filosofia estética da fabricante coreana, enquanto a Mini trouxe duas releituras do Cooper inspiradas na marca de lifestyle Deus ex Machina.
Já a Renault levou a Munique a nova geração do Clio, prometida para 2027 com variantes a gasolina e híbrida.