Atualmente, o Fiat Mobi é o carro mais barato do Brasil e parte de 64.690 reais (Reprodução/Reprodução)
Gabriel Aguiar
Publicado em 30 de agosto de 2022 às 15h41.
Última atualização em 30 de agosto de 2022 às 15h57.
Os preços dos carros populares tiveram aumento de 26,83% a 47,95% no mercado brasileiro, considerando apenas 2021. E essa alta é tão expressiva que, mesmo entre os dez modelos de entrada mais baratos à venda no país, não há nenhuma opção com preços abaixo de 60 mil reais — desde março, essa faixa subiu 10 mil reais.
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E se antes do início da pandemia, em janeiro de 2020, era possível encontrar carros populares zero-quilômetro por aproximadamente 35 mil reais, em janeiro de 2021, os preços subiram para cerca de 38 mil reais. Em 2022, nenhum dos carros mais baratos do Brasil custavam menos de 50 mil reais.
Desembolsar pelo menos 60 mil reais pelo próprio veículo não será o único gasto que o comprador: de acordo com estudo divulgado pela plataforma CupomValido.com.br, que compara preço da compra e manutenção em relação à renda média salarial de cada país, o Brasil é o 5º país mais caro do mundo para manter um carro.
Isso significa que os brasileiros precisam gastar 441,89% do rendimento médio anual para comprar (e manter) um carro. Para efeito de comparação, o país mais caro é nesse sentido é a Turquia (652% do rendimento médio anual); seguido por Argentina (515%); Colômbia (508%); Uruguai (443%); e Brasil (441%).
Já os cinco países mais baratos para se ter um carro são: Austrália (49% do rendimento médio anual dos australianos); Estados Unidos (54%); Dinamarca (60%); Canadá (64%); e Suécia (75%).
Por aqui, a alta de preços dos automóveis está relacionada a diferentes fatores e o primeiro deles é a própria pandemia, que paralisou a montagem de veículos e provocou escassez de componentes eletrônicos até os dias atuais — com efeitos sobre praticamente todos mercados globais. Além disso, o Brasil sofreu com a desvalorização do real, o que impactou diretamente nos preços de peças e equipamentos.
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