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Rússia devolve obras de arte à Espanha após protesto de Madri

Entre as obras devolvidas está um quadro de 1605, retrato completo do imperador Carlos V que pertence ao Museu do Prado, em Madri

Kremilin: além da Espanha, museus russos também já tiveram que devolver obras de arte ao Reino Unido.  (Maxim Shemetov/File Photo/Reuters)

Kremilin: além da Espanha, museus russos também já tiveram que devolver obras de arte ao Reino Unido. (Maxim Shemetov/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2022 às 14h51.

O Museu do Kremlin devolveu à Espanha uma pintura e várias partes de armadura que tinham sido emprestadas para uma exposição em Moscou que acabou sendo adiada após a invasão russa da Ucrânia, disseram nesta segunda-feira duas fontes de instituições de arte espanholas.

O quadro de 1605, um retrato completo do imperador Carlos V de Juan Pantoja de la Cruz que pertence ao Museu do Prado, em Madri, e uma coleção incluindo armaduras que o rei usou no quadro, foram devolvidos com a "total cooperação" do museu russo, disseram as fontes. A armadura fica normalmente exposta no Palácio Real de Madri.

O Museu do Prado e o Palácio Real se recusaram a comentar sobre a devolução das peças. Na semana passada, o ministro da Cultura espanhol disse que o governo havia pedido a devolução das obras em protesto contra a guerra.

Arte: retrato completo do imperador Carlos V pintado por Juan Pantoja de la Cruz. (Divulgação/Reuters)

O Museu do Kremlin adiou a exposição "O Duelo: do Julgamento por Combate a um Crime Nobre", que tinha abertura programada para 4 de março de 2022. A exposição incluiria peças de vários museus europeus, disse a instituição em seu site.

"O Museu do Kremlin de Moscou está atualmente trabalhando para que a exposição aconteça sem a participação europeia", disse a instituição russa em seu site.

As instituições espanholas coordenaram as devoluções com o Museu das Armaduras Reais do Reino Unido, o Museu do Louvre e a Biblioteca Nacional francesa, que também tinham emprestado peças para a exposição, acrescentou uma das fontes.

A Reuters não pôde estabelecer imediatamente se as peças britânicas e francesas também haviam chegado a seus países de origem.

Em outro reflexo de tensões mais amplas causadas pela guerra na Ucrânia, dois museus em Milão disseram no início deste mês que devolveriam várias obras de arte emprestadas da Rússia.

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