Ronaldinho Gaúcho: nesta quarta-feira, o jogador completa 100 jogos pela seleção - com 35 gols marcados (REUTERS/Stefan Wermuth)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Londres - Ronaldinho Gaúcho parece disposto a assumir a condição de líder da nova seleção brasileira, agora sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Alvo de cobranças pelo seu comportamento fora de campo, o craque garante que, aos 32 anos, pode colaborar e muito como Brasil.
E adianta que não teme a reação dos críticos quanto ao seu futebol. Nesta quarta-feira, ele completa 100 jogos pela seleção - com 35 gols marcados.
Centro das atenções da imprensa inglesa e brasileira, nos subterrâneos do Estádio de Wembley, Ronaldinho falou grosso. "Sou cobrado é porque já conquistei muitas coisas no futebol. O sonho de todo jogador é ter esse tipo de cobranças que tenho recebido."
Tranquilo, mesmo sob olhar vigilante do presidente da CBF, José Maria Marin, na sala de entrevistas do estádio, o craque gaúcho disse que está pronto para ser uma das referências da seleção.
"Por tudo o que fiz e pelo meu histórico na seleção, posso colaborar muito e fazer esse papel de líder nessa minha volta. Joguei com muitos desses líderes, como Maldini, Cafu, Emerson... aprendi muito com eles. Estou pronto para ajudar no que for possível, dentro e fora de campo."
Um pouco antes de Ronaldinho se manifestar, Felipão havia dito que tem total confiança no jogador e disse que o fator idade não vai pesar na hora de exigir que cada um assuma sua responsabilidade.
"Não é pelo Neymar ter 21 anos que a cobrança nele será diferente da que eu vou ter com o Ronaldo. Que todos se comportem dentro e fora de campo, mas naqueles momentos que estiverem envolvidos com a seleção", disse Felipão. "O Ronaldo fez um espetacular campeonato com o Atlético Mineiro e tenho certeza de que vai responder muito bem aqui na seleção."
Ronaldinho, apesar de toda responsabilidade depositada por Felipão, espera também que Neymar faça sua parte. "O Neymar, hoje, está entre os melhores jogadores do mundo. É uma alegria poder voltar a jogar ao lado dele. Sem dúvida vai vir a ser o melhor do mundo. A diferença é que na idade dele eu estava vindo para Europa. Ele ainda está no Brasil. Ele vai ter tempo para fazer tudo o que eu fiz no futebol. É um excelente jogador, um ídolo do Brasil, o melhor da atualidade. Ele tem tudo para trilhar esse caminho, como outros jogadores."