Japonesa Misugu Okamoto durante competição de skate park na Olimpíada de Tóquio. (Mike Blake/Reuters)
Reuters
Publicado em 4 de agosto de 2021 às 14h29.
Misugu Okamoto, skatista de 15 anos da região central do Japão, chegou à final de skate park desta quarta-feira na liderança, mas um erro em uma manobra importante a empurrou para o quarto lugar.
Arrasada, Okamoto se encolheu no fundo da pista, colocando as mãos no capacete.
Mas ao invés da cena costumeira em que um treinador ou familiar consola a atleta, o que se viu foi Okamoto ser cercada imediatamente pelas rivais de Japão, Austrália e Brasil.
As garotas lhe deram tapas nas costas e ergueram Okamoto nos ombros, um gesto tão espontâneo e terno que tocou os espectadores das redes sociais de imediato.
"Todas as atletas são anjos de medalhas de ouro", escreveu um usuário japonês do Twitter, e outro identificado como @Memikaru1203 na plataforma disse: "Dá para notar que elas realmente respeitam uma à outra. Estou muito impressionado, e espero aprender com isso".
"Vocês são todas vencedoras", responderam outros usuários.
A camaradagem inesperada entre competidores não é necessariamente rara na Olimpíada, mas é particularmente notável durante a Tóquio 2020, na qual atletas falam abertamente sobre seus problemas de saúde mental.
Anteriormente, Okamoto admitiu estar especialmente nervosa em sua primeira Olimpíada. Instada mais de uma vez pelos repórteres a falar sobre o apoio das rivais, ela ficou com os olhos cheios de lágrimas e só disse "fico agradecida".