Mulher correndo no parque: combinação do frio associada à falta de tempo pode aumentar a chance de lesões (Peter Macdiarmid/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2013 às 11h18.
São Paulo - Apesar da temperatura agradável que faz quase todo mundo esquecer que estamos no inverno, a estação mais fria do ano já chegou. O frio mais intenso deve chegar a qualquer momento e, com ele, aumentam as chances de lesão muscular.
O risco é maior quando as temperaturas caem, alerta Diego Leite de Barros, fisiologista do HCor. "Nesta época, é mais comum a lesão leve, em que ocorre a ruptura de algumas poucas fibras musculares, mas não a lesão completa do músculo. Ela ocorre principalmente em ‘atletas de final de semana', aqueles que não estão acostumados a fazer aquecimento antes de iniciar qualquer atividade física", diz o fisiologista, que cita corrida, bicicleta e jogos de futebol como as principais atividades que causam as distensões.
Quando o corpo está em repouso, o fluxo de sangue para os músculos é baixo, entre 15% e 20%. Durante um exercício, porém, ele pode atingir índices de 70% a 90%. "Um músculo só consegue ter desempenho máximo e otimizado quando a circulação sanguínea local estiver plenamente ativada. Por isso, o aquecimento - tipo de pré-exercício - é essencial, pois assim ocorre uma transição progressiva do estado de repouso para o de ação. São necessários, no mínino, dez minutos nesta etapa de preparação”, completa.
A combinação do frio associada à falta de tempo pode aumentar a chance de lesões. Mesmo consciente da necessidade de aquecer a musculatura, muito atletas esquecem as recomendações dos especialistas. "O número de casos de estiramento muscular aumenta no frio, principalmente pela manhã, quando as pessoas realizam as atividades com pressa porque tem compromisso depois e querem terminar tudo rápido”, enfatiza.
Os músculos mais afetados pela síndrome das baixas temperaturas são os posteriores da coxa e os da musculatura da panturrilha (a batata da perna). Após instaurada esse tipo de lesão, o praticante terá de seguir um tempo de recuperação de até 15 dias. O tratamento consiste em aplicação de gelo no local e uso de anti-inflamatórios, sem imobilização. "A mobilidade é muito importante, porque você fortalece o músculo e melhora o fluxo de sangue para aquela região do corpo. A imobilização acarreta perda de massa e de força", afirma.