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Revolução têxtil: Malwee lança calças jeans produzidas com um copo d'água

Com novas alternativas na fabricação de peças jeans, a Malwee reduziu em 98% a quantidade de água utilizada em seus processos de produção, utilizando apenas 250ml

As novas calças jeans da Malwee, feitas com apenas 250ml de água. (Malwee/Divulgação)

As novas calças jeans da Malwee, feitas com apenas 250ml de água. (Malwee/Divulgação)

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Julia Storch

Publicado em 20 de maio de 2021 às 07h52.

Última atualização em 20 de maio de 2021 às 09h02.

Para abastecer uma família de três pessoas por 63 anos com água, são necessários mais de 7,6 milhões de litros. Este número é mesma quantidade do líquido economizado na produção de 127 mil peças de jeans da Malwee com seu novo processo. Revolucionando a indústria têxtil, a marca comemora hoje (20), o Dia Mundial do Jeans, e lança dois modelos de calças jeans feitos com apenas 250ml de água.

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Redirecionando a marca com posturas mais sustentáveis, no ano passado foi lançado o reposicionamento de marca batizado como Moda Sem Ponto Final, defendendo uma moda mais durável, versátil, sustentável e consciente. Com o Lab Malwee Jeans, a primeira lavanderia 5.0 da América Latina, a marca reduziu em mais de 80% a utilização de água no processo de fabricação de suas peças. 

Agora, o jeans da Malwee promete ser o mais sustentável do país, reduzindo em 98% a água utilizada em seus processos de produção. São dois modelos de calça, uma skinny feminina e outra slim masculina, que chegam às lojas virtuais e físicas hoje por 129,90 reais. “O fato de ser produzida com tecnologia que permite tamanha economia de água, não significa que o valor do produto será elevado. Elas custam o mesmo preço de uma calça jeans produzida da forma convencional. Além disso, todas as peças são confeccionadas com a mesma garantia flex jeans, trazendo, além da sustentabilidade, o conforto e a qualidade do jeans que não laceia”, explica Jaqueline Devegili, Coordenadora de Estilo do Jeans da Malwee.

Sobre a tecnologia utilizada, Luiz Thiago de Freitas, Gerente Industrial Têxtil da Malwee, explica que esse resultado pôde ser alcançado a partir da junção de diferentes processos. “Ao contrário do modo tradicional de produzir o jeans, no qual muitos processos químicos usam água para obter os efeitos de lavagem, puídos e rasgos na peça, no Lab Malwee Jeans esses efeitos são produzidos com laser. Eles são desenhados em um software e aplicados por um equipamento de alta precisão. Os feixes de laser, nessa fase do processo, substituem grande parte da água e os químicos nocivos, que seriam utilizados num processo convencional”, afirma Freitas. 

Jeans skinny feminino, disponível nas lojas físicas e e-commerce da Malwee. (Malwee/Divulgação)

Já no processo úmido, a água é substituída por ozônio para obter os efeitos de clareamento das peças. A aplicação de amaciantes é feita através de uma tecnologia de nanobolhas, que ao invés de aplicar o produto com água, o aplica diretamente na peça por meio de uma nuvem de nanopartículas. Além disso, toda a água usada nesse processo é tratada internamente por um equipamento chamado H2Zero, para então voltar ao sistema. “Essa água fica num circuito fechado e é reaproveitada na produção de novas peças. A reposição necessária é feita apenas pela perda em evaporação”.

Para produzir as roupas em jeans com um processo muito mais sustentável que o convencional, a Malwee investiu 9 milhões de reais e montou um laboratório de desenvolvimento. “Água é vida e sem esse recurso não há futuro. A indústria da moda precisa buscar alternativas para desenvolver produtos com menos impacto e, mais do que isso, buscar formas de conscientizar os consumidores para um novo jeito de vestir”, finaliza Guilherme Moreno, Gerente de Marketing da Malwee.

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