Pintura foi feita um ano antes da morte de Klimt (Foto: Roland Schlager / AFP/-)
Redatora
Publicado em 23 de abril de 2024 às 08h34.
Na quarta-feira, 24, uma casa de leilões na Europa colocará à venda uma pintura de Gustav Klimt. O preço estimado é de pelo menos 32 milhões de dólares, ou pouco mais de 165 milhões de reais.
A obra, porém, está cercada de mistérios. Não se sabe com certeza -- ou, ao menos, não se tornou público -- quem é a mulher retratada e tampouco quem é o dono da pintura.
A venda se dará em Viena, em uma casa de leilões chamada im Kinsky. Até agora, a maior venda realizada pelo estabelecimento foi em 2010. Na ocasião, a obra, de 6,1 milhões de dólares, era de Egon Schiele.
Em uma conferência em janeiro anunciando a venda da peça de Klimt, um dos chefes executivos da im Kinsky afirmou que 'está tudo no escuro'.
Embora se saiba que a pintura pertencia a uma família judia durante a anexação da Áustria ao Terceiro Reich, não se tem informações acerca do que exatamente aconteceu com a obra nesse período. À época, era comum que os pertences de judeus fossem cooptados pelos nazistas.
A pintura foi avistada pela última vez durante uma exposição em Viena em 1925. Após isso, a obra desapareceu, até que ressurgiu com os atuais proprietários.
A peça, intitulada 'Retrato da Senhorita Lieser', foi produzida em 1917. A pintura foi encomendada por uma família judia afluente.
A casa de leilões sugere que a menina retratada pode ser uma das filhas adolescentes de Henriette Lieser: Helene, que se tornou uma economista, ou Annie, uma dançarina. A informação, no entanto, não é certeira.
O retrato, porém, não foi terminado. Klimt morreu em 1918, durante a pandemia de influenza.
Com informações do New York Times.