Casual

Rapper Projota estreia canal no YouTube sobre games

A cultura hip hop cada vez mais se mistura com a cultura gamer, um mercado enorme que movimenta 159 bilhões de dólares

Projota: o músico também ama games e estreia novo canal no YouTube para mostrar seu lado "gamer" (Divulgação/Divulgação)

Projota: o músico também ama games e estreia novo canal no YouTube para mostrar seu lado "gamer" (Divulgação/Divulgação)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 18 de agosto de 2020 às 06h00.

Última atualização em 18 de agosto de 2020 às 06h27.

O cantor Projota pode ser famoso por sucessos como Ela Só Quer Paz, Sei lá e Muleque de Vila, mas o rapper tem um talento secreto para além das composições musicais: ele também é um gamer. Projota não só joga muito bem, como coleciona consoles e estuda o assunto há anos. Para mostrar essa paixão aos seus fãs, ele estreia hoje, terça-feira 18, um novo canal no YouTube, totalmente voltado para o mundo dos video games, o “Projota Game Room”.

Com episódios sempre às terças e quintas às 19h e também com vídeos curtos para o IGTV da sua conta no Instagram, o canal criado pela agência Fanfive e pela agência Faz Produções, do próprio cantor, terá quadro fixos sobre o universo dos jogos. Haverá entrevistas com convidados durante partidas, concursos e também participações da mulher de Projota, a atriz Tâmara Contro, que também ama games. O novo projeto vem em boa hora, de encontro com o interesse crescente dos brasileiros por jogos eletrônicos. Segundo dados da Pesquisa Gama 2020, 73,4% dos brasileiros jogam algum tipo de game.

Projota conta que a ideia para criar o canal surgiu há três anos, mas faltava tempo para ele colocar o projeto em prática e fazer as pessoas conhecerem esse seu lado “gamer”, para além da paixão pela música. Agora, na quarentena, a oportunidade veio. “Os games fazem parte da minha vida desde sempre. Lá nos anos 1980, eu era o primo mais novo de uma geração de 13 netos da minha avó. Todos eram viciados em games. Desde meus cinco anos eu já mostrava que levava jeito. Tivemos um Nintendinho, e depois um Super Nintendo”, conta o músico.

Em 2010, a primeira coisa que ele comprou com o dinheiro que começou a ganhar com a música foi um PlayStation 2. “Dali para frente não parei mais. Hoje tenho uma bela coleção de consoles”, diz. Hoje, o rapper acredita que o Super Nintendo é o console mais importante já criado, mas mantém paixão semelhante tanto pela Nintendo quanto pela Sony e pela Microsoft.

Em sua casa, o que seria o cômodo do “home theater” virou um “game room”. “Projetei toda a decoração, marcenaria, tudo pensado para utilizar o espaço da melhor forma. Temos uma TV 4K de 82 polegadas para assistir a filmes e jogar nos consoles, e no fundo da sala montei uma bancada só para os PCs e o cockpit para jogos de corrida. Ainda tem um fliperama com mais de dois mil jogos e minha coleção de toy art espalhados pela sala”, conta Projota.

Para Pamila Ferreira, CEO da Fanfive, há potencial ao aliar os mundos da música e dos games: “Existe muito potencial nesse sentido, especialmente pela congruência entre os dois perfis, que são majoritariamente jovens e antenados à novidades. A cultura hip hop cada vez mais se mistura com a cultura gamer. Desde artistas renomados que demonstram publicamente sua afeição aos games quanto ao público em geral, que vê nos games uma forma de expressas seus pensamentos e atitudes”, analisa.

Mais videogame

Com a pandemia do novo coronavírus, os bilhões de pessoas que tiveram de ficar em casa por meses precisaram buscar formas de entretenimento e descobrir novas paixões. Para muitas, o game foi uma das maneiras de superar o tédio do confinamento. De acordo com a consultoria Newzoo, o ano de 2020 vai terminar com 150 milhões de novos jogadores, totalizando 2,7 bilhões, como mostrou EXAME na reportagem de capa desta edição. O setor fatura 159 bilhões de dólares — é três vezes mais do que o mercado de streaming, liderado pela Netflix.

As marcas de consoles perceberam em suas vendas como o game se tornou relevante durante a pandemia. No segundo trimestre de 2020, a Sony viu um faturamento 149% maior que no mesmo período de 2019. Entre abril e junho, foram vendidos 91 milhões de jogos para PlayStation 4, alta de 83% em relação a 2019. Já a Microsoft viu seu faturamento crescer 65% na comparação ano a ano. Já a Nintendo, em março, dobrou seu faturamento em relação a 2019 e seu lucro disparou 428%. O game “Animal Crossing: New Horizons”, lançado naquele mês, vendeu 12 milhões de cópias em apenas 11 dias. No Brasil, a consultoria Comscore registrou que, entre 9 a 15 de março e 16 a 22 de março, houve um salto de 20% no uso de jogos on-line.

Acompanhe tudo sobre:ArtistasConsoles para jogosExame HojeGamesIndústria da músicaJogosJogos onlineMúsicaYouTube

Mais de Casual

Asics oferece empréstimo de tênis para corrida em várias cidades do Brasil; saiba mais

Por que novo carro da Citroën marca uma das maiores revoluções da Stellantis no Brasil

A Grand Seiko, marca japonesa de relógios de luxo, chega ao Brasil

Velocidade, luxo e lazer: os iates do Boat Show SP que chegam às águas brasileiras