Mala com dinheiro: segundo a anterior proprietária do móvel, dinheiro procedia de uma herança e ela havia procurado por ele "por toda a casa", sem lembrar que estava na escrivaninha (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 14h18.
Nova York - Um jovem rabinho de Connecticut (EUA) disse nesta terça-feira que devolveu para a legítima propriétaria os US$ 98 mil que encontrou no interior de uma escrivaninha usada, ao considerar que era seu dever, porque é o que determina a lei judia.
Em entrevista à emissora local "WTNH", o rabino Noah Muroff, que é professor em uma escola judia de New Haven (Connecticut), explicou que encontrou o dinheiro dentro de uma bolsa de plástico quando desmontou o móvel para colocá-lo dentro do escritório de sua casa.
"A escrivaninha não passava pela porta por apenas um centímetro", indicou Muroff, que, ao retirar as gavetas junto a sua esposa, encontrou uma bolsa de plástico na qual havia US$ 98 mil em dinheiro.
O casal, que tinha adquirido o móvel de segunda mão em setembro no popular portal de compra-venda e aluguéis "Craiglist" por US$ 150, não hesitou em fazer o que achava correto.
"Minha mulher e eu nos olhamos e dissemos: "Não podemos ficar com este dinheiro"", explicou o rabino, por isso que entrou em contato com senhora de quem tinha comprado o móvel, que no momento da transação explicou que ela mesma tinha montado o objeto após comprá-lo em uma loja de departamento.
Segundo a anterior proprietária do móvel, o dinheiro procedia de uma herança e ela havia procurado por ele "por toda a casa", sem lembrar que estava na escrivaninha.
No dia seguinte, o rabino, junto a sua esposa e seus quatro filhos, se encontrou com a senhora e devolveu o dinheiro.
"Deveriam aprender com isto", indicou o rabino em referência a seus filhos, para acrescentar que "a lei judia diz que é preciso devolver os objetos achados a seu legítimo proprietário".
A anterior dona da escrivaninha escreveu, como forma de agradecimento, uma carta em um blog de notícias judeu, na qual assegurou que não tinha suficientes palavras para agradecer a honestidade e integridade de Muroff.
"Não acho que muita gente neste mundo teria agido como Muraff. Fico feliz em acreditar que ainda há boas pessoas neste mundo louco no qual vivemos e o senhor é, com toda certeza, uma delas", escreveu a mulher, que pediu que sua identidade não fosse revelada.