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Que tal parar de comer atum para preservá-lo?

Em alguns lugares, especialmente em alto-mar e em águas internacionais, as populações estão em declínio acentuado


	Atum-rabilho ou atum de barbatana azul, em risco de extinção: entre as sete principais espécies de atum analisadas pelo documento, 33,3% sofreu sobrepesca
 (REUTERS)

Atum-rabilho ou atum de barbatana azul, em risco de extinção: entre as sete principais espécies de atum analisadas pelo documento, 33,3% sofreu sobrepesca (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 16h47.

São Paulo - Você já deve ter ouvido falar que várias espécies de peixes estão em perigo ao redor do mundo. Em alguns lugares, especialmente em alto-mar e em águas internacionais, as populações estão em declínio acentuado.

Então, aqui vai uma pergunta para amantes de atum gordo (usado no sushi, sashimi…), albacora e espadarte: você estaria disposto a parar de comê-los por um período de cinco a dez anos?

Isso é o que sugere novo estudo dos pesquisadores Crow White e Christopher Costello, publicado pela PLoS Biology. A proposta é ousada: se quisermos recuperar espécies ameaçadas, como as citadas acima, é preciso proibir pesca em alto-mar.

Mas esta não seria uma medida radical sem volta. A estimativa dos autores é que, entre cinco e dez anos, as populações de peixes se recuperariam e seria possível pescar ainda mais por ano, de forma sustentável.

De acordo com o relatório The State of World Fisheries and Aquaculture 2012, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), 154 milhões de toneladas de pescados foram capturadas em 2011.

O crescimento nas últimas cinco décadas foi dramático, a uma taxa de 3,2% ao ano, ultrapassando o crescimento da população mundial (1,7% ao ano).

Entre as sete principais espécies de atum analisadas pelo documento, 33,3% sofreu sobrepesca.

“No longo prazo, o estado das populações de atum podem continuar a deteriorar a menos que haja melhorias significativas em sua gestão”, alerta o estudo.

É aí que entra a proposta de White e Costello. “Acreditamos que, ao fechar completamente o alto-mar para pesca, depois de um tempo, aumentariam os lucros das pescarias (em 100%), da produtividade (em 30%) e da conservação das unidades populacionais de peixes (em 150%)”, escreveram os pesquisadores.

Muito radical, mirabolante ou uma boa saída?

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