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Quase 25% das grávidas sofrem alguma violência do parceiro

Estudo foi realizado na comunidade de Andaluzia, na Espanha, mas pode mostrar realidade de países com cultura similar


	Pesquisadores afirmam que violência pode ter consequências graves para a mãe e para o feto
 (©AFP/Arquivo / Loic Venance)

Pesquisadores afirmam que violência pode ter consequências graves para a mãe e para o feto (©AFP/Arquivo / Loic Venance)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2014 às 15h26.

São Paulo – A felicidade de uma gravidez não é uma realidade para quase 25% das gestantes. Segundo um estudo desenvolvido na região de Andaluzia, na Espanha, 22,7% das mulheres grávidas sofrem algum tipo de violência do parceiro (física, psicológica ou sexual). O alto índice preocupa, principalmente porque as agressões podem causar danos à mãe e ao feto.

A realidade, segundo os pesquisadores da Universidade de Granada, foi identificada após entrevistarem 779 mulheres que deram à luz em 15 hospitais do estado. A situação, porém, não está necessariamente restrita a essa localidade. Para eles, o resultado pode refletir também a vida de mulheres no resto da Espanha e em outros países que possuem cultura parecida.

Para identificar os casos de violência, foram usados dois instrumentos de pesquisa com padrão internacional: o Abuse Assessment Screen (AAS) e o Index of Spouse Abuse (ISA), que possuem diferentes métodos de investigação. O número final, de 22,7%, se deu a partir da soma das descobertas de cada um.

De acordo com a pesquisa, 21% das mulheres sofreram violência emocional e 3,6% foram vítimas de violência física ou sexual, durante a gravidez. Entre as que declararam sofrer agressões físicas, 36,1% afirmaram que os abusos aconteciam com frequência ou todos os dias e 20,3% tiveram marcas aparentes, como escoriações e ossos quebrados.

As vítimas mais vulneráveis, segundo o estudo, são as gestantes que não possuem relação de compromisso com o parceiro e não têm apoio da família, dos amigos ou da comunidade onde vivem. Por outro lado, o grupo menos vulnerável é o de mulheres que trabalham. 

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