Olimpíadas: as medalhas são feitas a partir de materiais eletrônicos reciclados. (Tokyo 2020/Reprodução)
Matheus Doliveira
Publicado em 5 de agosto de 2021 às 12h10.
Em um mundo hipotético (e absurdo), valeria a pena derreter uma medalha olímpica para vender o metal que há nelas?
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Definitivamente, não! Isso porque as medalhas olímpicas valem muito mais do que o que custam. O motivo, obviamente, é o fato de serem medalhas olímpicas, não barras de ouro, cobre ou bronze.
A áurea que paira sobre os discos de metal olímpicos já rendeu boas quantias aos atletas que precisaram vender suas medalhas. O boxeador ucraniano Wladimir Klitschko, por exemplo, leiloou seu ouro conquistando em Atlanta, 1996, por um milhão de dólares. Já o velocista Jesse Owens foi ainda mais longe com o ouro que obtido na olimpíada de 1936, em Berlim: ele vendeu sua medalha pelo valor recorde de 1,5 milhão de dólares.
Mas afinal, desconsiderando essa áurea que encarece o objeto, qual o preço metal presente nas medalhas olímpicas?
Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), em Tóquio, as medalhas de ouro conquistadas pelos desportistas contêm muito mais prata do que ouro, já que elas são apenas banhadas no metal dourado. Do peso total de 556 gramas, 550 gramas é prata e somente 6 gramas é ouro. O valor atual dessa quantidade de metal é estimado em 800 dólares, pouco mais de 4 mil reais na cotação atual.
A medalha de prata, por sua vez, é feita, claro, com prata pura. Ela pesa 550 gramas e o valor estimado do metal é de 450 dólares (cerca de 2.300 reais, na conversão).
Por fim, a medalha de bronze: ela pesa 450 gramas e é feita de latão vermelho, composto por 95% de cobre e 5% zinco. Ambos os metais são extremamente baratos, o que faz a medalha ter um preço estimado em menos de 10 dólares.