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Quadro raro de Botticelli é leiloado em Nova York por US$ 45 milhões

A pintura é um retrato de Jesus em um fundo preto, com um olhar profundo, uma coroa de espinhos em volta da cabeça e cercado por anjos. Suas mãos, machucadas, estão amarradas com cordas

Pintura de Sandro Botticelli "The man of sorrows" exibida na Sotheby's, Nova York. (AFP/AFP)

Pintura de Sandro Botticelli "The man of sorrows" exibida na Sotheby's, Nova York. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 27 de janeiro de 2022 às 17h00.

Última atualização em 27 de janeiro de 2022 às 17h28.

Uma pintura do mestre renascentista italiano Sandro Botticelli, cujas obras em coleções particulares são raras, foi arrematada por mais de US$ 45 milhões nesta quinta-feira, 27, em um leilão na Sotheby's de Nova York.

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Após uma disputa de 7 minutos entre dois compradores que fizeram seus lances pelo telefone e repetidamente fizeram ofertas adicionais de US$ 100 mil, o lote número 14 (a pintura The man of sorrows) foi vendido por US$ 39,3 milhões, mais taxas e comissões, elevando o total para US$ 45,41 milhões.

O preço está acima da estimativa da Sotheby's (US$ 40 milhões), mas bem abaixo do recorde estabelecido no ano passado (US$ 92,2 milhões) para uma pintura do mestre renascentista italiano, Jovem segurando um medalhão.

A pintura é um retrato de Jesus em um fundo preto, com um olhar profundo, uma coroa de espinhos em volta da cabeça e cercado por anjos. Suas mãos, machucadas, estão amarradas com cordas.

Segundo os especialistas citados pela Sotheby's, a pintura data do início do século 16, no final da vida de Botticelli (1445-1510), conhecido por suas obras expostas na Galeria Uffizi de Florença (Primavera, O Nascimento de Vênus) e cujos afrescos também adornam a Capela Sistina, no Vaticano.

Segundo a Sotheby's, a pintura, bem conservada e cercada por uma moldura dourada ornamentada, teria pertencido no século 19 a uma famosa cantora inglesa da época, Adelaide Kemble Sartoris, e mais tarde a seus herdeiros. Em sua última venda, em 1963, foi leiloada por £ 10 mil.

Em 2021, as casas de leilões se beneficiaram de um mercado de arte dinâmico, após um 2020 prejudicado pela pandemia de covid-19.

A Sotheby's alcançou a maior cifra de vendas de sua história no ano passado, com cerca de US$ 7,3 bilhões.

O leilão desta quinta-feira, dedicado aos Antigos Mestres, aconteceu pela manhã em Nova York e online, para permitir a participação de compradores da Europa e da Ásia.

Após uma turnê mundial, o trabalho de Botticelli foi exposto fisicamente em Nova York. Mas a Sotheby's, que também busca se instalar no metaverso, criou uma capela virtual em seu espaço na plataforma Decentraland para exibir a pintura.

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