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Punido por regra financeira, Manchester City encara mata-mata na Champions

Suspenso das próximas duas temporadas de torneios europeus, time inglês enfrenta o Real Madrid pelas oitavas de final

Machester City em campo: banido pela UEFA por não conseguir fechar as contas sem aportes diretos do proprietário, um sheik dos Emirados Árabes Unidos (Andrew Yates/Reuters)

Machester City em campo: banido pela UEFA por não conseguir fechar as contas sem aportes diretos do proprietário, um sheik dos Emirados Árabes Unidos (Andrew Yates/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 07h32.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2020 às 07h34.

São Paulo — Muitas vezes, um jogo de futebol é bem mais do que os 90 minutos. Uma das partidas desse tipo acontece nesta quarta-feira, quando o inglês Manchester City enfrenta o espanhol Real Madrid na Champions League, ou Liga dos Campeões da Europa.

O duelo é um dos mais importantes dentre os oito confrontos que marcam as oitavas de final da Champions, iniciadas nesta semana e que contam também com partidas como Chelsea e Bayern de Munique e Atlético de Madrid e Liverpool.

O motivo principal para a expectativa em torno dessa partida, no entanto, não é o histórico de títulos ou a presença de craques como Bale, Benzema, De Bruyne e Aguero. A UEFA, órgão máximo do futebol europeu, decidiu há uma semana banir o time inglês das competições europeias nas próximas duas temporadas. O motivo: descumprimento do chamado “fair play financeiro”.

Pela regulamentação do futebol europeu, um time não pode gastar mais do que arrecada. O City reportou que, entre 2012 e 2016, sua receita veio do principal patrocinador, a companhia aérea Etihad Airways, dos Emirados Árabes.

Mas a UEFA concluiu que boa parte do dinheiro veio, na verdade, de aportes diretos do proprietário do clube, o sheik Mansour bin Zayed, da família real dos Emirados Árabes -- na prática, prova de que o clube não conseguiu se manter sozinho, desrespeitando a lei da UEFA.

A direção do City afirmou que ainda vai recorrer da decisão. Mas caso a punição se mantenha, esta pode ser a última chance do clube inglês de vencer a tão sonhada Champions League em um bom tempo. Para os clubes europeus, levantar a “Orelhuda” garante premiação de 2 bilhões de euros, assinatura de patrocínios de valores estratosféricos e muito prestígio. “A cobrança entre os jogadores nunca foi tão grande como agora”, disse o brasileiro Fernandinho, volante do City, ao portal Esporte Interativo.

A missão do City não será fácil. O Real Madrid é o maior vencedor da história da Champions League, com 13 títulos – três deles seguidos, nos primeiros anos do ex-jogador Zinedine Zidane como técnico.

Já o Manchester City nunca passou das quartas-de-final, mas tem em seu comando o revolucionário técnico Pep Guardiola e chegou a um dos maiores valores de mercado do mundo, de 4,8 bilhões de dólares.

O City sempre viveu à sombra do time mais famoso de sua cidade, o Manchester United, até ser comprado por um fundo ligado ao sheik em 2008. De lá para cá, viu seu faturamento crescer seis vezes, para mais de 500 milhões de libras, e gastou mais de 1,5 bilhão de euros em contratações milionárias.

A primeira partida entre City e Real pelas oitavas está marcada para 17h desta quarta-feira, no estádio Santiago Bernabéu, em Madrid. O confronto de volta acontece em 17 de março, no estádio apropriadamente chamado Etihad, em Manchester.

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