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Propaganda "Primeiro Sutiã" ganha versão com garota trans

Releitura da propaganda de 1987 foi feita pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais; obra é baseada em uma história real

Reprodução da publicidade "O Primeiro Sutiã A Gente Nunca Esquece" (Reprodução/Reprodução)

Reprodução da publicidade "O Primeiro Sutiã A Gente Nunca Esquece" (Reprodução/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2019 às 22h38.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) fez uma releitura da propaganda O Primeiro Sutiã A Gente Nunca Esquece, que marcou época no Brasil em 1987, com uma garota trans como protagonista.

O vídeo retrata a história de uma menina trans que, a princípio, não é bem aceita pelo pai, que ainda o trata pelo nome masculino, e sua surpresa ao ver que a filha se reconhece pelo nome "Ludmila".

A menção à clássica propaganda ocorre no momento de reconciliação entre os dois, quando o pai deixa uma caixa com um sutiã de presente para a jovem com um bilhete: "Entendi que chegou o momento de deixar o meu filho partir".

Ao fim, explica-se que o vídeo é baseado na história real de uma jovem chamada Ludmila, que alterou seu nome nos documentos aos 10 anos de idade. "Sejam o que quiserem ser e sejam livres. Não se escondam. Se gosta de ser algo, seja", afirma ela.

Também há um depoimento feito pela mãe da menina, que, atualmente, tem 12 anos: "Sempre foi uma menina por dentro. Uma menina, mas, por fora, um menino. Mas ela é uma mulher".

Ao site Meio e Mensagem, o publicitário Washington Olivetto, criador da peça original, em 1987, falou sobre a nova campanha.

"Acho mais do que natural que, nos dias de hoje, quando a opção [sic] transgênero saiu do armário na vida e, por consequência, na publicidade, seja feito um filme como esse inspirado no O Primeiro Sutiã A Gente Nunca Esquece", disse.

Rafael Damy, diretor de cena da Madre Mia Filmes, produtora do vídeo, conta que "o filme não fala sobre a Ludmila, mas sim do pai. É sobre o pai e as pessoas que têm preconceito. Gostaríamos que as pessoas se enxergassem no lugar do pai e sentissem empatia".

Assista à releitura de O Primeiro Sutiã A Gente Nunca Esquece feita pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

 

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