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Projeto transforma confeitaria em ateliê de arte

No mundo da arte, só se fala de uma coisa (para o bem e para o mal): as obras comestíveis

Durante as exposições, as obras são devidamente devoradas (Andrew Russeth/Creative Commons)

Durante as exposições, as obras são devidamente devoradas (Andrew Russeth/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 10h35.

São Paulo - A galeria está cheia. Sobre aparadores discretos, as obras ficam à disposição da curiosidade de artistas, marchands e compradores. No fim, não resta uma peça. E ninguém comprou nada. Assim terminam os happenings do projeto Krëemart, criado há cinco anos em Nova York. A proposta é transformar a confeitaria em arte – e arte relevante. Durante as exposições, as obras são devidamente devoradas.

Para provar que não se trata de ideia, digamos, desnutrida, os inventores do projeto chamaram artistas da envergadura de Marina Abramovic e Vik Muniz, que, com a ajuda de chefs, moldaram massa de bolo em formatos variados. No mês de outubro, Marina criou a peça que mais chamou a atenção da imprensa até hoje: fez um bolo de si própria e da colega Debbie Harry, ex-vocalista da banda Blondie, nuas.

Elas fizeram questão de comer a primeira fatia de si próprias (a peça de Vik Muniz foi um bolo de proporções descomunais). Os críticos ainda não resolveram se gostam ou não de sujar os dedos com glacê.

Lance Esplund, da Bloomberg, disse que se trata de “arte feia”. O site Artinfo lista a iniciativa como “indispensável”. Polêmicas à parte, o Krëemart é um sucesso e abriu a décima edição do Art Basel Miami Beach, no fim de 2011, festival mais hypado do momento. “Arte e sobremesa são duas coisas que dão prazer”, disse Jovana Stoikê, curadora do Krëemart. “Só queríamos traçar um paralelo entre ambas”.

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