Casual

Produzir seu próprio vinho: um luxo acessível em Mendoza

Tornar-se proprietário de um vinhedo e fabricar sua própria bebida deixou de ser privilégio de milionários graças a um projeto promovido por uma adega espanhola

Vinho: em Mendoza, berço dos vinhos argentinos, é possível se tornar proprietário de um vinhedo e fabricar a sua própria bebida (Alexandre Jaeger Vendruscolo/Stock.Xchng)

Vinho: em Mendoza, berço dos vinhos argentinos, é possível se tornar proprietário de um vinhedo e fabricar a sua própria bebida (Alexandre Jaeger Vendruscolo/Stock.Xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 12h42.

Buenos Aires - Tornar-se proprietário de um vinhedo e fabricar sua própria bebida deixou de ser privilégio de milionários graças a um inovador projeto promovido pela adega espanhola O.Fournier, instalada no coração do Vale do Uco, em Mendoza, berço dos vinhos argentinos.

A iniciativa, explica à Agência Efe José Manuel Ortega, proprietário da adega, é 'inovadora em nível mundial' e busca que os amantes do bom vinho possam ter seu próprio negócio sem precisar gastar muito.

Por US$ 150 mil, um investidor pode comprar um hectare dos vinhedos da O.Fournier em Mendoza, fabricar um vinho com sua própria marca e até distribuí-lo, aproveitando os serviços e as instalações de uma reconhecida adega que ganhou vários prêmios internacionais.

Os interessados podem comprar até três hectares do terreno e têm a opção de levantar sua própria casa nos vinhedos.

'Os clientes podem escolher o tipo e o nível de qualidade que querem em seus vinhos, podem vir à adega, elaborá-lo conosco e também engarrafá-lo', explica Ortega.

'Antes, se um investidor quisesse ter algo parecido, era preciso gastar US$ 10 milhões, o custo aproximado de iniciar uma adega, manter os vinhedos, comprar máquinas, engarrafá-lo, distribuí-lo...', explica o empresário espanhol.


'O projeto socializa um negócio que era absolutamente elitista', continua Ortega.

Localizada em La Consulta, no coração do Vale do Uco, a cerca de 130 quilômetros da capital de Mendoza e aos pés da Cordilheira dos Andes, a adega conta com uma imponente estrutura de linhas modernas de 12 mil metros quadrados. A propriedade é equipada com as mais avançadas técnicas de produção e repouso do vinho, com 300 hectares de terreno, dos quais 140 foram reservados para o projeto de 'vinhedos para terceiros'.

A O.Fournier, diz Ortega, é 'pioneira no mundo' com esta proposta, à qual já se somaram vários investidores, em sua maioria brasileiros e americanos.

O empresário sustenta que o investimento proporciona uma rentabilidade anual de até 8%, derivada da venda da uva do vinhedo à própria adega.

Segundo seus cálculos, um hectare dos vinhedos O. Fournier pode produzir anualmente entre 4 mil e 5 mil garrafas de vinho de qualidade, embora com apenas uma produção anual de mil garrafas já seria possível recuperar o investimento após quatro anos.


A O.Fournier foi criada no ano de 2000 por José Manuel Ortega e sua irmã Natalia, que abandonaram suas carreiras na Espanha para embarcarem na aventura de produzir vinho em Mendoza, a região central argentina onde se concentra 75% da produção deste país, o quinto maior produtor mundial.

O grupo também tem adegas no Chile (Valle del Mauel e San Antonio) e na Espanha (Ribera de Duero).

A O.Fournier produz vinhos premiados internacionalmente, como as séries Alfa Crux e B Crux, e uma linha mais econômica, comercializada como Urban Uco.

A adega produz cerca de 600 mil garrafas na Argentina, 95% delas destinadas ao mercado externo - especialmente aos Estados Unidos -, nas variedades Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec e Syrah.

Além disso, a O.Fournier incorporou à adega outro prazer, a gastronomia, com o Urban, premiado como o melhor restaurante de adegas do mundo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinabebidas-alcoolicascomida-e-bebidaVinhos

Mais de Casual

A Grand Seiko, marca japonesa de relógios de luxo, chega ao Brasil

Velocidade, luxo e lazer: os iates do Boat Show SP que chegam às águas brasileiras

Para além do tic-tacs: Bvlgari apresenta relógios relacionados à música

Um relógio de colecionador: a história do Submariner da Rolex