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Primeiro hotel LGBT de Cuba reabre em praia paradisíaca

Reabertura acontece ao mesmo tempo em que o novo código de família, que permitiria o casamento entre pessoas do mesmo sexo em Cuba, deverá ser sancionado no final do ano

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Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 13h32.

O primeiro hotel LGBT de Cuba acaba de ser reaberto para atrair este público, no momento em que as autoridades estudam a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na ilha. 

O 'Gran Muthu Rainbow Hotel', localizado em Cayo Guillermo na província de Ciego de Ávila (leste), foi inaugurado em dezembro de 2019, mas logo teve que fechar devido à pandemia do coronavírus.

Com medidas sanitárias preventivas, a acomodação cinco estrelas voltou a receber clientes em 15 de novembro, quando Cuba reabriu suas fronteiras após 10 meses de confinamento.

Com um hotel voltado especialmente para a comunidade gay, Cuba está "dando passos importantes diante do novo código de família", disse à AFP Marlis Delgado, gerente de vendas do centro de hospedagem, referindo-se ao texto que está sendo analisado por uma comissão parlamentar.

“Isso significa um avanço para a nossa sociedade e ter este hotel aqui neste momento” e outro que será inaugurado em breve em Havana, “nos dá a possibilidade de que esse código de família tenha um alicerce um pouco mais forte para ser aprovado”, considera Slim.

Nas primeiras semanas, os turistas canadenses foram os principais visitantes do local cercado por praias paradisíacas, além de cubanos, diz Delgado.

Para Kevin McGrath, um canadense de 37 anos que gosta da piscina com vista para o mar, o hotel pode ser uma fonte de inspiração para o governo fazer "as mudanças adequadas para todas as pessoas LGBT que vêm a Cuba", diz ele.

“É um lugar aconchegante e nos sentimos muito incluídos”, completa.

O texto do novo código de família, que permitiria o casamento entre pessoas do mesmo sexo em Cuba, deverá ser sancionado pela Assembleia Nacional no final do ano, para então ser submetido a um referendo nacional em 2022.

As autoridades tentaram incorporar o tema à Constituição aprovada em 2019, mas a forte rejeição gerada nas Igrejas Evangélicas e em outros setores sociais provocou o adiamento da discussão.

A indústria do turismo, motor da economia cubana, sofreu um forte golpe com a pandemia.

Agora, o governo espera receber 100 mil visitantes nos últimos 45 dias do ano e em 2022 espera 2 milhões de turistas, número ainda distante dos 4 milhões por ano antes de 2020.

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