Neymar: "Neymar está cansado destes rumores sobre seu futuro", diz presidente do PSG (Pascal Rossignol/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de maio de 2018 às 10h18.
Paris - O presidente do Paris Saint-Germain, Nasser al Khelaifi, voltou a insistir, desta vez em entrevista publicada neste domingo pelo jornal "L'Équipe", que Neymar ficará no clube, apesar das especulações de grande parte da imprensa espanhola de que ele irá para o Real Madrid.
Na entrevista, o dirigente também confirmou a permanência do atacante uruguaio Edinson Cavani e negou estar decepcionado com o espanhol Unai Emery, agora ex-técnico da equipe e que era contestado por parte da torcida.
Sobre Neymar, o catariano disse que já repetiu "10 mil vezes" que o camisa 10 "ficará" no PSG, com o qual tem contrato por mais quatro temporadas.
"Neymar está cansado destes rumores sobre seu futuro. É a imprensa espanhola que diz. Se você acredita, pior para você", respondeu Khelaifi ao jornalista do "L'Équipe".
Sobre Cavani, o dirigente ressaltou que o atacante se disse "feliz" no clube e o elogiou.
"É um grande jogador, um lutador, o maior artilheiro da história do clube. Vai ficar", frisou.
Khelaifi não quis citar nomes dos jogadores que deixarão o PSG nos próximos meses, com o argumento de que o novo treinador, Thomas Tuchel, decidirá a respeito.
Perguntado sobre a não convocação de Rabiot pelo técnico da França, Didier Deschamps, para a Copa do Mundo, o catariano afirmou que ele é "um dos melhores meias do mundo", fez "uma boa temporada" e o considera como um filho.
Em relação aos rumores de contratação do italiano Gianluigi Buffon, Khelaifi não confirmou, nem desmentiu interesse no lendário goleiro: "Acha que vou dizer quais jogadores monitoramos?".
Por outro lado, o presidente do PSG reiterou confiança no atual titular da posição, Alphonse Aréola: "é o nosso número 1".
O dirigente também evitou culpar Unay Emery pelas quedas nas duas últimas edições da Liga dos Campeões.
"É injusto dizer que é culpa dele. Ganhou sete títulos em duas temporadas. No segundo ano conseguiu quatro, e para nós é a terceira vez em quatro anos. Fez o melhor que pôde, e lhe desejo o melhor para o futuro", afirmou.
Perguntado sobre por que o substituiu por Thomas Tuchel, Khelaifi definiu o alemão como "ambicioso" como a direção do clube e alguém que gosta de um futebol espetacular e ofensivo.
"Tem uma forte personalidade e muito rigor no trabalho. É jovem (44 anos), é um dos melhores, se não o melhor. Outros grandes clubes o queriam", disse.
O cartole mostrou-se cético em relação ao risco de o PSG ser sancionado por ter descumprido as regras de fair play financeiro da Uefa com múltiplas contratações milionárias (em particular a de Neymar por um recorde de 222 milhões de euros) que não têm respaldado em receitas equivalentes.
"É verdade que a Uefa é muito dura nas discussões e inclusive injusta em algumas ocasiões. Honestamente, para mim ser sancionado seria surpreendente, anormal e escandaloso", declarou.
"Não fizemos nada de errado. Respeitámos as regras. As pessoas sabem de onde vem o nosso dinheiro, não temos dívidas, temos garantias. Há outros clubes em outros campeonatos estrangeiros que têm dívidas. Na Espanha, por exemplo, há muitos clubes endividados", acrescentou.