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Precisamos melhorar muito para 2016, diz Aldo

O ministro, que tinha previsto que o Brasil alcançaria 20 medalhas na Olimpíada de 2012, cobrou um desempenho "muito melhor" dos atletas do país nos Jogos de 2016

Ministro Aldo Rebelo na Casa Brasil, em Londres (Sergio Moraes/Reuters)

Ministro Aldo Rebelo na Casa Brasil, em Londres (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 08h25.

Londres - Se a meta do Comitê Olímpico Brasileiro foi alcançada em Londres, a do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não. O ministro, que tinha previsto que o Brasil alcançaria 20 medalhas na Olimpíada de 2012, cobrou um desempenho "muito melhor" dos atletas do país nos Jogos de 2016 que serão realizados no Rio de Janeiro.

O Brasil conquistou na capital britânica um recorde de 17 medalhas, duas a mais que Atlanta-1996 e Pequim-2008, mas não conseguiu repetir o que a Grã-Bretanha fez nos Jogos de Pequim-2008, quando saltou das 30 medalhas em Atenas-2004 para 47 pódios e abriu caminho para terminar em terceiro lugar em casa nos Jogos que terminaram no domingo, com 65 medalhas (29 de ouro).

Apesar de ter feito a maior e mais cara preparação para uma Olimpíada --com mais de 1 bilhão de reais entre recursos do orçamento do Ministério do Esporte e da Lei Agnelo/Piva, além do patrocínio de empresas estatais diretamente às modalidades-- a delegação brasileira não conseguiu igualar na capital britânica o recorde de 5 medalhas de ouro, obtido em Atenas-2004, e ainda disputou menos finais do que na China, 35 contra 41.

"O governo fez um esforço, as empresas estatais que já vinham apoiando o esporte olímpico aumentaram o esforço nesses últimos 4 anos, e creio que haja uma recompensa daquilo que nós investimos, embora nós precisamos e podemos melhorar muito para 2016", disse Aldo a jornalistas em Londres, ao fazer um balanço da participação do Brasil nos Jogos Olímpicos.

"A nossa análise decorria da ideia de que o nosso desempenho em Londres teria a interferência dos recursos que foram aplicados de Pequim para Londres e teriam resultado, mas a nossa tarefa é olhar para o futuro. Vamos analisar as nossas deficiências, não só as do governo, mas a dos demais agentes que participam do esforço, e olhar com uma perspectiva otimista para o futuro e olhar para o Rio de Janeiro como um desafio a ser abraçado", acrescentou.

Atletismo e natação, duas modalidades que contam com patrocínio de longo prazo de estatais --Caixa Econômica Federal e Correios, respectivamente-- ficaram entre as modalidades que tiveram resultado abaixo do esperado em Londres, com menos finais disputadas do que há quatro anos. O atletismo saiu de uma Olimpíada pela primeira vez sem subir ao pódio desde Barcelona-1992.

O governo vai anunciar nas próximas semanas um plano de investimento no esporte olímpico, ampliando os recursos que já estiveram disponíveis na preparação para Londres-2012, com o objetivo de aumentar o número de medalhas e alcançar a meta do COB de colocar o Brasil entre os 10 primeiros colocados no quadro de medalhas em 2016.


"Teremos que fazer um esforço maior entre todos os agentes que trabalham no esporte de alto rendimento, promover uma assistência maior aos atletas... para que todos nós tenhamos uma expectativa melhor para 2016, já que em 2016 a nossa condição é inédita de participar das Olimpíadas como país sede", disse o ministro.

"Se tomamos como referência as duas últimas Olimpíadas, os anfitriões fizeram um esforço especial para tornar compatível o seu desempenho com o seu status de país sede", acrescentou. Quando foi sede dos Jogos de 2008, a China liderou o quadro de medalhas.

A meta do COB em Londres era de 15 medalhas, o mesmo número de Pequim-2008, enquanto o Ministério do Esporte tinha estipulado uma meta de subir 20 vezes ao pódio na capital britânica.

De acordo com o secretário de Esportes de Alto Rendimento do ministério, Ricardo Leyser, as medalhas que faltaram para se chegar às 20 foram de favoritos brasileiros antes da Olimpíada que não conseguiram cumprir a expectativa.

"Essa é uma questão que precisa ser estudada, porque os favoritos brasileiros não conseguiram se impor aqui", disse o secretário.

Nenhum dos atletas brasileiros atuais campeões mundiais conseguiu repetir em Londres o desempenho que os colocou como aposta certa de medalha nos Jogos.

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