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Porsche terá 80% dos novos carros totalmente elétricos até 2030

Marca prometeu zerar emissões de carbono até 2030 fabricando majoritariamente veículos com bateria. Mas antes disso, em 2025, a meta é ter 50% da frota elétrica

Taycan: o primeiro Porsche totalmente elétrico da marca.  (Porsche/Divulgação)

Taycan: o primeiro Porsche totalmente elétrico da marca. (Porsche/Divulgação)

MD

Matheus Doliveira

Publicado em 18 de março de 2022 às 10h00.

Última atualização em 18 de março de 2022 às 11h04.

Ao longo do último ano financeiro, a Porsche sustentou sua posição como uma das montadoras de automóveis mais lucrativas do mundo. A fabricante de modelos esportivos com sede em Stuttgart, na Alemanha, atingiu um novo recorde histórico em receita de vendas e lucro operacional, informou ontem em coletiva de imprensa com a presença de jornalistas do mundo inteiro e com a participação brasileira exclusiva da EXAME. 

As vendas em 2021 foram de 33,1 bilhões de euros, 4,4 bilhões de euros a mais do que no ano anterior, representando um crescimento de 15% (as vendas de 2020 somaram 28,7 bilhões de euros).

Já o lucro operacional da Porsche foi de 5,3 bilhões de euros no ano passado, superando o valor do ano anterior em 1,1 bilhão de euros (acréscimo de 27%).

A montadora ainda divulgou que gerou um retorno operacional sobre as vendas de 16,0% em 2021 frente aos 14,6% de 2020. O fluxo de caixa líquido cresceu 1,5 bilhão de euros, para 3,7 bilhões de euros (em 2020 era de 2,2 bilhões de euros). "Nosso resultado comercial positivo é baseado em decisões corajosas, inovadoras e voltadas para o futuro", disse Oliver Blume, presidente do conselho executivo da Porsche.

Futuro elétrico 

O anúncio que mais chamou atenção não foi o das cifras verdinhas da marca alemã, mas sim dos ambiciosos planos de eletrificação da Porsche daqui para frente.

Até o ano de 2025, 50% de todos os novos veículos fabricados pela montadora serão elétricos. A segunda promessa é mais ambiciosa ainda: em 2030, mais de 80% dos Porsches zero quilômetros que estarão na rua serão elétricos, o que tornará a marca uma empresa livre de emissões de carbono. "Nossa indústria está passando pelo que é provavelmente a maior transformação de sua história", disse Blume. "Estamos impulsionando resolutamente investimentos em eletrificação, digitalização e sustentabilidade", completou Lutz Meschke, Vice-Presidente do Conselho Executivo da Porsche.

Para atingir esses objetivos, a Porsche está investindo em estações de carregamento premium junto com parceiros – e adicionalmente em sua própria infraestrutura de carregamento. Outros investimentos extensivos estão fluindo em tecnologias essenciais, como sistemas de bateria e produção de módulos. No recém-fundado Cellforce Group, estão sendo desenvolvidas e produzidas células de bateria de alto desempenho que devem estar prontas para produção em série até 2024.

Em 2021, a Porsche entregou 301.915 veículos frente a 72.162 entregas em 2020. Foi a primeira vez que a marca ultrapassou a marca dos 300 mil carros vendidos desde sua fundação, em 1931.

Os modelos mais vendidos foram o Macan (88.362) e o Cayenne (83.071). Os números de entrega do Taycan, o primeiro Porsche totalmente elétrico já produzido, mais que dobraram em 2021, indo a 41.296 unidades comercializadas. O novo modelo movido a bateria ultrapassou em vendas o icônico carro esportivo 911, embora este último também tenha estabelecido um novo recorde com 38.464 unidades.  

Porsche Taycan nas ruas brasileiras. (Porsche/Divulgação)

Porsche Taycan nas ruas brasileiras. (Porsche/Divulgação)

Na Porsche, a eletrificação não para com o Taycan."Estamos intensificando nossa ofensiva elétrica com outro modelo: em meados da década, queremos oferecer nosso carro esportivo Porsche 718 de motor central exclusivamente em uma forma totalmente elétrica", disse o presidente da marca. 

No ano passado, quase 40% de todos os novos veículos Porsche entregues na Europa já eram pelo menos parcialmente elétricos – ou seja, híbridos. 

Mais uma vez, o mercado individual de maior volume para a Porsche foi a China, com quase 96.000 entregas, um aumento de 8% em relação a 2020. Nos Estados Unidos, o número de entregas aumentou 22%, últrapassando 70.000 unidades. Na Europa, somente na Alemanha, a Porsche aumentou suas entregas de veículos novos 9%, para quase 29.000 unidades.

Para o Brasil, a marca não divulgou o número de vendas em 2021. Mas à EXAME, o presidente da montadora, Oliver Blume, disse que o mercado brasileiro está ganhando cada vez mais relevância. "O mercado brasileira está demonstrando um desenvolvimento fantástico em relação à vendas de Porsches nos últimos anos. Em grande parte, essa euforia tem a ver com o grande número de fãs que a Porsche tem no Brasil."

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