Solaz, resort do Luxury Collection, em Los Cabos: para segmento de luxo (Marriott International/Divulgação)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 10 de maio de 2023 às 06h30.
Não resta dúvida de que as viagens voltaram com tudo nesse momento pós-pandemia. A retomada do turismo explica o investimento de tantos grupos hoteleiros. Esta semana, por exemplo, começou a funcionar o Fasano do bairro paulistano do Itaim, a segunda unidade do grupo dentro de uma mesma cidade.
Ontem foi a vez do Marriott anunciar, em evento na Casa Gabriel, em São Paulo, a abertura de cinco novos hotéis no Brasil. Da bandeira W Hotels, com uma identidade mais jovem e ligada à música, serão duas unidades, uma em São Paulo prevista para 2024, outra em Gramado, na região serrana do Rio Grande do Sul, que dever ser inaugurado em 2025.
As maiores novidades estão concentradas em Maricá, na região dos Lagos do Rio de Janeiro. Em parceria com o complexo turístico Maraey serão construídos três hotéis: um JW Marriott, com conceito focado em saúde da mente e do corpo, em formato all inclusive; um Ritz Carlton Reserve, mais sofisticado; e um Autograph Collection, com tema do Rock in Rio. Todos para 2026.
“Estamos muito focados no segmento de luxo”, disse Diana Plazas-Trowbridge, Chief Sales Marketing Officer do Marriott para Caribe e América Latina, durante o evento em São Paulo. “No ano passado a abertura do JW Marriott de São Paulo nos deu uma boa entrada nesse mercado no Brasil.”
O evento de apresentação dos novos hotéis na Casa Gabriel misturou referências nacionais com as bandeiras internacionais do grupo. O menu do chef Alex Atala incluiu ceviche de flores, pirarucu com tucupi e tapioca e fetuccine de pupunha com pó de pipoca.
O premiado bartender Kennedy Nascimento preparou drinques inspirados nas bandeiras dos hotéis do grupo. Destaque para o The Roots, para o W Hotels, com Singleton 12 anos, Ypioca 160, limão siciliano, licor de pêssego e maple syrup.
Entre goles e garfadas, Plazas-Trowbridge diz estar particularmente animada com os empreendimentos de Maricá. “Será o primeiro Ritz Carlton Reserve da América do Sul. Os brasileiros costumam fazer viagens longas, mas apostamos nesse incentivo para destinos mais curtos”, afirma.
A presença de hotéis de diferentes bandeiras do grupo tem a finalidade de atrair turistas, claro. Mas também a de mostrar os hotéis da rede aos brasileiros. “Os viajantes brasileiros procuram hotéis de luxo fora, mas agora sabem que podem encontrar boas opções aqui também”, diz Plazas-Trowbridge.
“Os brasileiros poderão reconhecer um W na Costa Rica, em Nova York ou em Londres, porque terão hotéis da rede por aqui à disposição”, diz. O mercado nacional é estratégico para o grupo também por outra razão. “Dos quase 180 milhões de sócios do programa de fidelidade Marriott Bonvoy, quase 1 milhão são brasileiros.”
Os resultados do grupo é um bom indicador da volta das viagens. O Marriott apresentou um faturamento de 4,1 bilhões de dólares, frente a 2,6 bilhões em 2021, um crescimento de 52%. São 602 hotéis em 67 países. Outros 208 estão em construção ou em planejamento, de Barbados a Belgrado. Ao menos 35 hotéis devem ser inaugurados ainda neste ano, do Quênia a Cingapura, do Japão ao México.
O grupo conta com oito bandeiras distintas, cada uma com uma identidade, todas no setor de luxo. São elas The Ritz-Carlton, Ritz-Carlton Reserve, Bvlgari Hotels & Resorts, St. Regis Hotels & Resorts, Edition, The Luxury Collection, JW Marriott e W Hotels.
Na região de Caribe e América Latina, no primeiro trimestre de 2023, o Marriott contava com 336 propriedades, entre hotéis, residências e timeshare, em 37 países, em um total de 69.070 quartos. Por enquanto.