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Por que o design autoral brasileiro é a resposta para uma casa com alma

Em um mundo acelerado e padronizado, resgatar o valor do tempo, do fazer manual e das histórias transformam casas em lares

Design brasileiro: país possui riquezas geológicas, culturais e simbólicas (Maura Mello/Divulgação)

Design brasileiro: país possui riquezas geológicas, culturais e simbólicas (Maura Mello/Divulgação)

Publicado em 9 de agosto de 2025 às 09h51.

Num mundo inundado por tendências que duram menos que uma estação, o design autoral e artesanal brasileiro se apresenta como um respiro. Mais que estética, ele traz história, identidade e uma resistência silenciosa ao consumo massificado que transforma casas em vitrines de catálogo, muitas vezes bonitas, mas vazias de significado.

A casa se torna esse lugar íntimo e político e, ao mesmo tempo, pede mais do que objetos bonitos: ela pede peças com alma. E é justamente aí que o design autoral encontra seu lugar. Quando você escolhe uma cadeira assinada por um designer brasileiro ou um objeto produzido artesanalmente no interior do país, ou um garimpo, você não está apenas decorando um ambiente. Na TODOS Arquitetura, nós entendemos que estamos contando histórias. Estamos colocando ali camadas de tempo, território e afeto.

Design artesanal brasileiro: saberes dos artesãos cada vez mais valorizados (Maura Mello/Divulgação)

A volta ao feito à mão não é por acaso: buscamos imperfeições, texturas naturais e materiais que resistem às modas e ao ritmo apressado. Em tempos de produção em série, optar pelo artesanal é quase um ato político. É escolher o tempo do fazer, o saber passado de geração em geração, a conexão com quem produz.

O Brasil é um país de riquezas geológicas, culturais e simbólicas. Temos pedras únicas, madeiras nativas, técnicas genuínas, tramas, pigmentos, saberes… E ainda assim, por muito tempo, nossa produção seguiu olhando para fora, copiando fórmulas, tentando parecer internacional, neutro, como se nossa própria identidade fosse um detalhe descartável.

Design brasileiro: país possui riquezas geológicas, culturais e simbólicas (André Klotz/Divulgação)

Hoje, felizmente, estamos restaurando nosso olhar. Designers, artesãos e artistas vêm resgatando um vocabulário visual que é nosso. Não se trata de folclore ou nostalgia, mas de contemporaneidade com raízes. De entender que o que emociona, permanece. E a casa, que deveria ser o espaço da permanência, agradece.

No fim, design com história é o que nos conecta. Às nossas origens, às pessoas que vieram antes e às que virão depois. É o que transforma um sofá em herança, uma luminária em conversa, uma casa em lar. E isso, nenhuma tendência global consegue copiar.

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