Cláudia Assef e Monique Dardenne, idealizadoras do Women's Music Event (Vtao Takayama/Divulgação)
GabrielJusto
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 15h52.
Lançada em 2016 para promover o protagonismo feminino no universo da música, a plataforma Women's Music Event lança hoje o selo "IGUAL", que convida festivais, festas, clubs e casas de shows a ter pelo menos metade de seu staff (entre artístico e produção) composto por mulheres, pessoas não-binárias ou trans.
"Graças a diversas iniciativas como o WME, podemos ver que as mulheres têm tido cada vez mais espaço em projetos musicais, mas, mesmo assim, ainda falta muito para chegarmos à igualdade de gênero no setor", conta Claudia Assef, uma das fundadoras da plataforma. "Criamos o selo IGUAL para exaltar as empresas ligadas à música que realmente estão junto com a gente nessa luta", completa Monique Dardenne, parceira de Assef na idealização do projeto.
De largada, sete espaços culturais e festivais de peso da cena musical nacional são reconhecidos pela iniciativa: Heavy House, Se Rasgum, Coquetel Molotov, Bananada, Sim São Paulo, Sarará e Balaclava. No final deste ano, novas adições ao selo IGUAL serão anunciadas durante o WME Awards by Music2! - primeiro prêmio de música dedicado às mulheres. A 5ª edição do evento terá transmissão ao vivo pelo canal TNT no dia 16 de dezembro. A cada ano, novos parceiros do selo serão anunciados durante a cerimônia.
A iniciativa do selo foi inspirada na organização Keychange, um selo global que trabalha com a certificação de eventos musicais em 12 países e é responsável por importantes dados, como a porcentagem de mulheres no chart top 100 da Billboard (no qual apenas 20% são mulheres) e que os homens representam 95% da força de trabalho nas maiores orquestras do mundo.
Para submeter eventos e marcas ao novo selo é preciso preencher o formulário na landing page do projeto, que estará disponível neste link a partir desta quarta-feira (20), enviando informações sobre as equipes de trabalho.
"Ao longo da história do WME nós desenvolvemos várias ferramentas para o mercado contratar mais profissionais. Desde a conferência, que é uma vitrine para o mercado, com mais de 100 shows realizados com equipe totalmente feminina, até o Banco de Profissionais, onde temos mulheres cadastradas em mais de 32 profissões. Vimos o impacto ao longo desses 6 anos na quantidade de profissionais mulheres que existem no mercado apenas esperando oportunidades", conclui Monique Dardenne.