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Pinturas de Van Gogh roubadas voltam a museu de Amsterdã

As obras "Vista do Mar de Scheveningen", de 1882, e "Congregação Deixando a Igreja Restaurada em Nuenen", de 1884, foram roubadas há 14 anos

Obras de Van Gogh em museu de Amsterdã: obras foram descobertas no interior da Itália em setembro, atrás de uma parede falsa de uma vila (Michael Kooren/Reuters)

Obras de Van Gogh em museu de Amsterdã: obras foram descobertas no interior da Itália em setembro, atrás de uma parede falsa de uma vila (Michael Kooren/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2017 às 11h31.

Amsterdã - Duas pinturas de Vincent Van Gogh foram reveladas, pouco danificadas, em um museu de Amsterdã nesta terça-feira, 14 anos depois de serem roubadas pela máfia.

As obras, "Vista do Mar de Scheveningen", de 1882, e "Congregação Deixando a Igreja Restaurada em Nuenen", de 1884, são de um período que foi crucial para o desenvolvimento do mestre pós-impressionista como pintor.

"Elas voltaram", disse o diretor do museu Van Gogh, Axel Rueger, antes da revelação das pinturas, cada uma avaliada em 50 milhões de euros por investigadores da polícia italiana seis meses atrás. "Nunca pensei que poderia dizer estas palavras."

As obras foram descobertas no interior da Itália em setembro, atrás de uma parede falsa de uma vila que procuradores disseram pertencer a Raffaele Imperiale, acusado de operar um esquema internacional de tráfico de cocaína.

O primeiro quadro, que mostra um único barco sacudido pelas ondas pouco distante da praia sob um céu holandês melancólico, é importante para o museu por ser o único trabalho da fase do pintor em Haia, onde estudou.

A outra pintura retrata uma igreja de Brabante, província do sul holandês onde o pai de Van Gogh foi ministro. Após sua morte, o artista acrescentou figuras enlutadas vestidas de preto ao quadro como homenagem.

"As crianças estão de volta em segurança agora e estão realmente seguras", disse Rueger depois de retirar uma tela e mostrar as obras enquadradas atrás de uma armação grossa de vidro. "Elas irão permanecer aqui por muitas gerações futuras."

Os investigadores italianos acreditam que Imperiale está morando em Dubai, onde administraria uma construtora. As prisões de 11 membros da suposta quadrilha em janeiro, incluindo um que se tornou testemunha do Estado, levou os investigadores às pinturas.

Elas desapareceram em 2002, quando ladrões usaram uma escada para subir no teto do museu e invadiram o edifício, uma ação que só demorou quatro minutos, escapando em seguida graças a uma corda.

Foi um "milagre" as obras não terem sofrido grandes danos nos 14 anos seguintes, disse Rueger.

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