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Pingue-pongue vai das garagens às grandes empresas

Com a ajuda de personalidades como Susan Sarandon, Warren Buffett e Bill Gates, o esporte está começando a aparecer em bares, restaurantes e hotéis exclusivos


	Pingue-pongue: o pingue-pongue é um dos esportes mais famosos do mundo, praticado por cerca de 300 milhões de pessoas
 (monkeybusinessimages/Thinkstock)

Pingue-pongue: o pingue-pongue é um dos esportes mais famosos do mundo, praticado por cerca de 300 milhões de pessoas (monkeybusinessimages/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 17h30.

O pingue-pongue está ficando chique.

Durante muito tempo com sua base em garagens, porões e antros sujos, o jogo está começando a aparecer em bares, restaurantes e hotéis exclusivos pelo mundo afora.

A tendência nos EUA ganhou impulso há seis anos com a abertura do SPiN em Nova York, com 17 mesas, restaurante, bar e salão VIP.

Contando com a atriz Susan Sarandon entre seus fundadores, o clube agora tem filiais em Los Angeles, Toronto e Dubai, onde oferece um cardápio “direto da fazenda para a mesa”, com opções como cachorro-quente de US$ 8 e milk-shakes “proibidos para menores desacompanhados” com uma dose de álcool, por US$ 13. Novas filiais serão inauguradas em Chicago e na Bélgica.

Neste verão do hemisfério norte, as pessoas que comprarem um conjunto de US$ 5.899 Killerspin LLC, que inclui uma mesa de pingue-pongue e acessórios exclusivos da linha Revolution, obterão descontos especiais para uma estadia em Forte Village, que fica na Sardenha, Itália, e é considerado o único resort de luxo de tênis de mesa do mundo.

A Killerspin vai coordenar uma academia de tênis de mesa com aulas e exibições de jogadores profissionais.

“Virou uma coisa moderna”, disse o artista Wing Young Huie, cuja galeria de fotografias Third Place, em Minneapolis, conta com uma mesa de pingue-pongue e uma sala de caraoquê.

Em 2011, ele projetou suas fotografias no muro de um terreno baldio onde os moradores da região jogavam à noite usando bolinhas que brilham no escuro.

“Conheço outros artistas da Região Metropolitana de Minneapolis-Saint Paul que jogam pingue-pongue”.

O pingue-pongue é um dos esportes mais famosos do mundo, praticado por cerca de 300 milhões de pessoas, de acordo com a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, na sigla em inglês), em Lausanne, Suíça.

Cerca de 330 milhões de telespectadores, um recorde, assistiram ao campeonato mundial na China, que terminou no dia 3 de maio, um terço a mais do que no ano anterior, disse a ITTF.

‘Na moda’

“Um número maior de pessoas está jogando e se interessando; todos esses bares de tênis de mesa estão na moda”, disse Matthew Pound, gerente de promoção e mídia em Cingapura para a federação.

Na Killerspin, que tem sede em Chicago e em seu site oferece mesas que custam de US$ 269 a US$ 4.999, as vendas dobraram anualmente nos três últimos anos, disse o fundador Robert Blackwell Jr., um ex-jogador profissional.

A ITTF atingiu um marco no início deste mês como a federação esportiva com a maior quantidade de países afiliados – 222 –, à frente da Federação Internacional de Voleibol, com 220. O esporte está crescendo na Ásia, na Europa e na África, disse Pound, da ITTF.

E também está crescendo nos EUA. A Associação Universitária Nacional de Tênis de Mesa, que reunia 18 instituições em 1999, agora reúne mais de 200, disse Willy Leparulo, o presidente.

“A maior parte do crescimento ocorreu nos últimos cinco anos”, disse ele. “Estamos saindo dos porões”.

Conectar pessoas

Parte do ressurgimento talvez se deva a defensores célebres do pingue-pongue, como Sarandon, disse Leparulo. Will Shortz, criador de palavras cruzadas, sempre fala de sua paixão pelo esporte na Rádio Pública Nacional.

Os bilionários Warren Buffett e Bill Gates também são fãs e, juntos, enfrentaram Ariel Hsing, jogadora olímpica, em 2012 e 2013.

“Isso nos dá um grande impulso”, disse Leparulo. “Além disso, há todos esses bares que abriram as portas. Todo mundo quer se encontrar e socializar, e a sinuca e o boliche são meio antigos”.

Festivais de pingue-pongue foram realizados em cidades como Chicago e São Francisco e em mais de uma dúzia de lugares do Reino Unido. Alguns deles tinham centenas de mesas montadas nas ruas.

Alguns atribuem a ascensão do pingue-pongue à exaustão tecnológica. É impossível enviar mensagens de textos ou conferir o e-mail quando se está jogando.

“O pingue-pongue conecta as pessoas”, disse Shawn Topp, diretor de marketing em Toronto dos clubes SPiN. “Você está fazendo algo no mundo real e deixa seu telefone de lado”.

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