São Paulo – Uma dieta não começa apenas no prato, mas na hora de fazer as compras. Segundo uma pesquisa feita em diversos países, as pessoas que costumam ler os rótulos das comidas são mais magras do que aquelas que não se importam com as informações nutricionais do que estão comendo.

Mais de 25 mil consumidores participaram do levantamento, que relaciona a obesidade à pouca leitura dos rótulos. Segundo os cálculos, quem presta atenção às informações nutricionais tem um IMC (Índice de Massa Corporal) 1,49 ponto menor do que aquele que não liga para esse tipo de coisa. Na prática, os interessados no tema são cerca de quatro quilos mais magros.

O trabalho, publicado no periódico Agricultural Economics, foi feito por pesquisadores das universidades do Tennessee e do Arkansas, nos Estados Unidos, de Santiago de Compostela e do Norwegian Institute for Agricultural Finance Research. Eles analisaram o hábito entre pessoas de diferentes sexos e estilos de vida.

As mulheres têm mais costume de ler os rótulos (74%), enquanto só 58% dos homens faz isso.Pessoas que moram na cidade e que possuem alto nível de escolaridade também mostraram ter mais esse hábito, enquanto fumantes foram apontados como pouco interessados nas informações sobre os alimentos.

O estudo diz ainda que a propensão dessas pessoas a emagrecer também varia de acordo com a genética. Mulheres brancas pareceram ter mais “facilidade” para emagrecer do que de outras etnias, tendo uma média de 1,76 ponto a menos de IMC quando costuma ler as informações.