Jerusa Geber: corda que unia a atleta ao seu parceiro de corrida rompeu. (Christopher Jue/Getty Images)
Matheus Doliveira
Publicado em 31 de agosto de 2021 às 13h21.
Última atualização em 31 de agosto de 2021 às 23h32.
A equipe paralímpica brasileira esperava sorte dupla nos 100 metros livres do atletismo nesta terça-feira, mas ao contrário do que todos esperavam, o que aconteceu de fato foi azar em dose dupla.
Tudo parecia muito bem para o time brasileiro até poucos segundos antes da largada na categoria T11, onde deficientes visuais competem ligados por uma corda-guia no pulso, fazendo dupla com outro atleta que enxerga, para parear o ritmo e a velocidade dos maratonistas.
Para a final dos 100 metros livres dessa categoria, o Brasil tinha conseguido classificar duas atletas entre as 4 finalistas, o que, acreditava-se, deveria garantir a liderança verde-amarela no pódio.
Jerusa Geber e Thalita Simplício, as classificadas, eram a promessa de que o ouro viria, mas as chances brasileiras azedaram pelo mesmo motivo, para lá improvável: as cordas-guia de ambas as atletas arrebentaram no meio da pista.
Com o acidente, o ouro ficou com a venezuelana Linda Perez Lopez, que fez os 100 metros livres em 12,05 segundos. Já a prata foi para a chinesa Cuiquing Liu, que fez 12,15 segundos.
Mesmo com a corda arrebentada e tendo perdido o contato físico com seu guia, Thalita Simplício chegou em terceiro lugar, marcando 15,26 segundos. Ainda assim, a brasileira não levou o bronze, pois foi desclassificada, assim Jerusa Geber.