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Parada LGBT relembra 50 anos de protestos em Nova York

A expectativa é de reunir mais de 3 milhões de pessoas, segundo estima a Prefeitura

Avenida Paulista: neste mês, o STF decidiu criminalizar homofobia e transfobia (Nacho Doce/Reuters)

Avenida Paulista: neste mês, o STF decidiu criminalizar homofobia e transfobia (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de junho de 2019 às 09h46.

Última atualização em 23 de junho de 2019 às 09h47.

São Paulo - Com 19 trios elétricos, participação de uma ex-Spice Girls e promessa de adotar forte discurso político, a 23.ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, considerada a maior do mundo, acontece neste domingo, 23, na Avenida Paulista. A expectativa é de reunir mais de 3 milhões de pessoas, segundo estima a Prefeitura.

A concentração acontece a partir das 10 horas, na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), depois a passeata desce a Rua da Consolação até a Praça Roosevelt.

Para esta edição, a atração mais aguardada é o show da cantora Melanie C, ex-Spice Girl. Também estão confirmadas Aretuza Lovi, Gloria Groove, Iza, Lexa, Luísa Sonza e MC Pocahontas.

A apresentadora Fernanda Lima será a madrinha da festa. Já a apresentadora oficial é a Drag Queen Tchaka. Às 19 horas, um palco montado na Praça da República receberá shows.

O evento vai ser transmitido ao vivo na internet pela Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOGLBT), responsável pela organização. No Twitter, a entidade também divulgou dicas de segurança.

Parada deve reeditar tom político

O tema deste ano é "50 anos de Stonewall - nossas conquistas, nosso orgulho de ser LGBT+". Ele relembra a série de manifestações da comunidade LGBT contra batidas violentas da polícia de Nova York em um bar, o Stonewall Inn, no fim da década de 1960.

"É um marco importante na luta dos direitos LGBTs do mundo todo", afirma a presidente da APOGLBT, Claudia Regina, em nota divulgada no site. "Ele nos mostra que, independente do governo ou qualquer ameaça que enfrentamos diariamente na rua, dentro de casa ou em qualquer lugar, precisamos ser fortes, resistir e sermos nós mesmos."

Neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu criminalizar homofobia e transfobia - uma reivindicação histórica da Parada LGBT. Criticado por movimentos LGBT, o presidente Jair Bolsonaro questionou na ocasião se "não está na hora de um evangélico no Supremo" e que decisão foi "completamente equivocada". Na quinta-feira, 20, o presidente participou da Marcha para Jesus, na zona norte de São Paulo.

Como é a primeira Parada do Orgulho LGBT realizada durante o governo Bolsonaro, há expectativa de que participantes do evento façam protesto contra o presidente.

Em edições anteriores, a Parada já adotou tom político. Em 2018, ano eleitoral, o tema foi a "importância do voto". Em 2017, a passeata aconteceu aos gritos de "Fora, Temer" e pedidos de "eleição direta".

Vaiado no ano passado, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), confirmou presença nesta edição. Já o governador João Doria (PSDB) não informou sua agenda para este domingo no site oficial do Estado.

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