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Oscilações de Hamilton mostram como pilotar no meio do pelotão é difícil

Dez anos depois, piloto volta a ter carro que não é nem o segundo melhor do grid

Lewis Hamilton. (Theo Wargo/Getty Images)

Lewis Hamilton. (Theo Wargo/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 25 de abril de 2022 às 08h45.

Quatro etapas de uma temporada de 22 foram suficientes para Lewis Hamilton jogar publicamente a toalha quanto às chances de título na Fórmula 1 em 2022. Dez anos depois, o heptacampeão redescobre a sensação que é pilotar um carro que é de segundo escalão no grid.

Depois do Grande Prêmio de Emilia-Romagna, disputado domingo e vencido por Max Verstappen, a Mercedes apareceu em terceiro no mundial de construtores, atrás de Ferrari e Red Bull. O ano apenas começou, mas a história da categoria mostra como é raro melhorias tão significativas entre uma corrida e outra.

A última vez que Hamilton pilotou um carro que não era ao menos o segundo melhor entre os competidores havia sido em 2012, seu primeiro ano a bordo da Mercedes. Em 2013, a equipe ficou atrás apenas da Red Bull. De 2014 em diante, na era híbrida, terminou sempre em primeiro lugar no mundial de construtores. Mesmo ano passado, quando Verstappen ficou com o título.

O desempenho de Lewis Hamilton nesse contexto com o qual não está acostumado tem isso irregular. Soma um terceiro e um quarto lugar, bons resultados dentro das possibilidades, mas também uma décima e uma 13ª colocação. Dois resultados ruins, até mesmo para a Mercedes atual. George Russell, seu companheiro de equipe, nas mesmas corridas, cruzou em quinto e quarto.

O inglês estaria se sacrificando em prol do desenvolvimento do carro, testando configurações de corrida menos conservadoras que as de Russell. Um papel de cobaia que ele exerce apenas porque o carro não é tão bom quanto gostaria. Não ter o equipamento ideal gera esse tipo de risco. E os resultados ruins nos testes também caem na conta de Hamilton.

Com a comunicação entre equipe e pilotos cada vez mais exposta, o diálogo às vezes serve para passar recados maiores para o público externo. Após Hamilton cruzar a linha de chegada em Ímola, Toto Wolff, chefe da Mercedes, usou o rádio da equipe para pedir desculpas pelo carro, aquém do talento de quem o pilota. Uma declaração que também serve para tirar dos ombros do heptacampeão o peso pelos resultados ruins.

Depois de dez anos, Lewis Hamilton voltou a ter um carro normal na Fórmula 1. Péssimo para os padrões que a Mercedes se acostumou a apresentar, na média comparado ao de outras equipes do segundo escalão na temporada, como McLaren, Alfa Romeo, Alpine e Haas. Na reta final da carreira, o inglês, uma lenda do esporte, está redescobrindo como é difícil correr no pelotão do meio.

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