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Oscar responde à acusação de falta de diversidade

Não há nenhum negro entre os 20 indicados de atuação e nenhuma mulher aparece nas categorias de roteiro e direção

Estatueta do Oscar: Gregg Toland venceu a única estatueta em 1939 por "O Morro do Ventos Uivantes" (Robyn Beck/AFP)

Estatueta do Oscar: Gregg Toland venceu a única estatueta em 1939 por "O Morro do Ventos Uivantes" (Robyn Beck/AFP)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de janeiro de 2015 às 16h14.

São Paulo - As indicações ao Oscar deste ano foram anunciadas na última quinta-feira e geraram uma avalanche de críticas à falta de diversidade nas categorias principais.

Todos os 20 indicados nas categorias de atuação são brancos, algo que não ocorria há 19 anos, e nenhuma mulher aparece entre os indicados aos prêmios de direção e roteiro.

No Twitter, a reação veio com a hastag #OscarSoWhite, que chegou aos Trending Topics. No mesmo dia, o reverendo Al Sharpton disse que convocou uma "reunião de emergência" com Hollywood para debater a questão.

Neste sábado, a resposta veio através de Cheryl Boone Isaacs, a primeira presidente negra da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

Em entrevista para a Associated Press, ela disse que a Academia tem orgulho dos indicados e estava fazendo avanços no campo da diversidade ao acolher novos membros.

Ela também disse que "pessoalmente, adoraria ver e espero ver uma maior diversidade cultural entre todos os nossos indicados em todas as categorias". 

Ela também disse que a indicação para melhor filme prova que o filme sobre direitos civis "Selma" não foi esnobado, apesar de não ter aparecido em outras categorias para o qual estava cotado.

Uma pesquisa do Los Angeles Times em 2012 verificou que os membros da Academia eram na sua grande maioria homens, 92% brancos e com idade média de 62 anos.

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