Atacante argentino Lionel Messi comemora gol em partida pelo Barcelona: aos 25 anos, camisa 10 já acumula 21 títulos de primeiro escalão no futebol mundial (©AFP / Josep Lago)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2013 às 12h42.
São Paulo - Foram necessários exatos oito minutos e trinta e nove segundos para que Lionel Messi, mesmo sem condições plenas de jogo por conta de uma lesão muscular, armasse a jogada que terminaria no gol de Pedro, o redentor tento de empate contra o Paris Saint-Germain, que classificou o Barcelona para as semifinais da Liga dos Campeões.
Craque, como todos sabemos, é assim. Basta um descuido dos adversários, uma bola que chegue aos seus pés, um drible ou toque e algo de extraordinário surge. Foi assim novamente nas quartas de finais do torneio europeu. Exatamente como tem acontecido nos últimos anos.
Aos 25 anos, o camisa 10 argentino já acumula 21 títulos de primeiro escalão no futebol mundial. Na conta entram três troféus da Liga dos Campeões, dois Mundiais Interclubes e cinco Campeonatos Espanhóis. O sexto título nacional, o desta temporada, está assegurado há algum tempo.
A medalha de ouro nos Jogos Olímpicos também repousa tranquila no cada vez maior memorial particular do artilheiro em sua mansão em Castelldefels, localidade pacata a 24 quilômetros da capital da Catalunha. São impressionantes 344 gols em 456 jogos oficiais até aqui. Só nesta temporada – de setembro do ano passado para cá -, Messi foi às redes 55 vezes nas 44 ocasiões que entrou em campo, rendendo a espetacular média de 1,25 gol por partida. Desse total, foram sete gols de direita – a tal “perna ruim” -, quatro de pênalti e dois em cobranças de falta.
Ainda que não se canse de dizer que os títulos em equipe são suas verdadeiras metas, os recordes também se enfileiram na mesma velocidade com que Messi arranca em direção ao gol. É dele, por exemplo, a honra de reunir quatro prêmios da Fifa como melhor jogador do mundo. Todos em anos consecutivos.
Recorde inédito, claro. Sabe-se lá qual será o tamanho do legado de La Pulga ao abandonar o uniforme azul e grená em junho de 2018, quando termina seu contrato multimilionário com o clube espanhol (a multa é de impressionantes 250 milhões de euros). A futurologia pode ser um exercício ruim, ainda mais se nos lembrarmos que temos uma Copa do Mundo por aqui no próximo ano.
Mas como você tem a oportunidade de comprovar com os números logo abaixo, se há algum espetáculo imperdível no planeta nos últimos anos, esse não é uma reencarnação dos Beatles. Doa a quem doer, ele é argentino, mede 1,69 m e é de um silêncio ensurdecedor, dentro e fora de campo.
O português Cristiano Ronaldo, sempre preterido nas listas de melhor futebolista do planeta, é único que tem o direito de preferir não estar vivo para ver a sequência da história. Aos outros resta a certeza que o técnico francês Arsène Wenger estava errado. Que não há nada de PlayStation ou virtual em Messi. Ainda que tudo que envolva o craque seja impressionante demais para ser realidade.