Casual

Os grandes amores de Frank Sinatra

As mulheres, a fama e as relações com a máfia do cantor que perdíamos há 14 anos

Apesar de sua personalidade polêmica, Sinatra deve e merece ser lembrado pelos seus sucessos (Joe Bangay/Getty Images)

Apesar de sua personalidade polêmica, Sinatra deve e merece ser lembrado pelos seus sucessos (Joe Bangay/Getty Images)

RK

Rafael Kato

Publicado em 15 de maio de 2012 às 11h35.

São Paulo - Há 14 anos perdíamos Frank Sinatra. Seus últimos anos de vida não foram como queria. Blue eyes não fazia mais shows (não conseguia mais ler os teleprompters com as letras das músicas que vinha se esquecendo desde os anos 1980), se locomovia com dificuldade e não tinha mais a importância cultural e política de outrora. A única coisa que continuava sendo capaz de fazer como nos velhos tempos era entornar uma garrafa de uísque em uma noite.

Sinatra provocava furor por onde passava. As bobby soxers dos anos 1940 gritavam nos shows, tentavam agarrá-lo e deixá-lo pelado. Isso, meus caros, antes de Elvis, Beatles ou Justin Bieber. O intérprete de My Way sabia do seu sucesso entre as mulheres. Inclusive entre as mulheres famosas (e casadas). Quando começou a carreira em Hollywood, Sinatra teria feito uma lista com todas as atrizes que pretendia sair e a colou no espelho do camarim. Segundo o biógrafo Anthony Summers, todos os nomes da lista foram riscados em menos de quatro meses.

A lista de Sinatra é grande. Lana Turner, Marlene Dietrich, Lauren Bacall, Marilyn Monroe, Mia Farrow e, o maior e mais doentio de seus amores, Ava Gardner. Um de seus fracassos teria sido Grace Kelly. A futura Princesa de Mônaco o achava um escroto. Mas quando queria sexo com uma mulher, Sinatra virava um maníaco. Ligava, perseguia, fazia visitas inesperadas. Zsa Zsa Gabor foi uma das quem sofreu em sua mão. Ela chegou a dizer que dormiu com o cantor apenas para se ver livre de investidas terríveis dele.

Sinatra podia ser ainda mais perigoso com seus desafetos, sobretudo se eles ameaçassem a sua fama e suas festinhas barulhentas. Blue eyes encomendou safanões em jornalistas, críticos de música e antigos colegas, como Tommy Dorsey. Nos anos 1960, quando o empresário Frederick Weisman reclamou da bagunça que Sinatra fazia no bar do Beverly Hills Hotel, o astro não teve dúvidas: jogou um telefone (imagine o peso de um aparelho de 1966) na cabeça do sujeito. Weisman sofreu uma fratura no crânio, passou por uma cirurgia e ficou com amnésia por semanas. Sinatra negou o ocorrido até o fim da vida.

A personalidade violenta ganhava ainda mais força por causa de suas relações com a máfia. Sinatra andava armado e nunca, em um restaurante, sentava virado para a porta. Tinha medo de ser baleado. Para quem ainda tem dúvidas: sim, Sinatra inspirou o cantor de O Poderoso Chefão. Assim como o personagem, ele usava seus amici para emplacar filmes, discos nas jukeboxes dos Estados Unidos e ganhar respeito político. Foi Sinatra, por exemplo, quem apresentou Kennedy à Máfia, sobretudo ao gângster de Chicago Sam Giancana — considerado o maior suspeito pela morte do presidente americano, em 1963.

Apesar de sua personalidade polêmica, Sinatra deve e merece ser lembrado pelos seus sucessos. Canções como I’ve Got You Under My Skin, Love is Here to Stay eYou Brought a New Kind of Love to Me estarão para sempre marcadas na história dos jovens apaixonados. Ou, como ele cantou: All or nothing at all/ Half a love, never appealed to me.

Acompanhe tudo sobre:ArteCelebridadesEntretenimentoIndústria da músicaMúsicaShows-de-música

Mais de Casual

Vinícola chilena que iniciou projeto visionário 100% orgânico em 1998 é hoje a maior do mundo

Megane E-Tech: elétrico da Renault é eleito o carro mais bonito entre R$ 150 mil e R$ 300 mil

Os 5 melhores filmes e séries para maratonar no fim de semana

5 perguntas essenciais para evitar problemas ao reservar acomodações online