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Os benefícios dos antioxidantes na alimentação

Segundo a nutricionista Natália Colombo, eles ajudam a retardar o envelhecimento e previne doenças como Parkison e Alzheimer

Alimentos antioxidantes atuam bloqueando os efeitos nocivos da produção excessiva de radicais livres (Gary Tamin / Stock Xchng)

Alimentos antioxidantes atuam bloqueando os efeitos nocivos da produção excessiva de radicais livres (Gary Tamin / Stock Xchng)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2012 às 11h41.

São Paulo - A nutricionista Natália Colombo, da Universidade Metodista de Piracicaba, pós-graduada em nutrição clínica funcional pela VP Consultoria Nutricional Divisão Ensino e Pesquisa explica os segredos dos alimentos antioxidantes. "Eles contribuem para o retardo do envelhecimento precoce e prevenção de doenças como Parkinson, aterosclerose, Alzheimer, diabetes, autismo entre outras."

Confira a seguir as considerações da nutricionista sobre o tema.

Antioxidantes, radicais livres, saúde e doença

Muito tem se falado dos alimentos e nutrientes antioxidantes, e de todos os benefícios que eles podem oferecer para manter a saúde, prevenir doenças e brecar o envelhecimento precoce. Sabe-se que eles atuam bloqueando os efeitos nocivos da produção excessiva e inadequada de radicais livres.

Mas afinal, o que são radicais livres?

Radicais livres são moléculas que possuem um número ímpar de elétrons (que vão estabilizar essa molécula). Essa sua configuração o deixa extremamente instável (já que uma molécula se estabiliza com um número par de elétrons), e com isso ele pode reagir com qualquer coisa que encontrar no caminho (tentando roubar um elétron) para se estabilizar.

Formação dos radicais livres:

No nosso organismo, formamos radicais livres a todo instante, e isso acontece a partir do momento que respiramos. Eles podem ser provenientes do metabolismo do oxigênio ou do nitrogênio.


Os radicais livres desempenham diversas funções importantes no nosso organismo, como produção de energia, defesa contra infecções, crescimento celular, entre outros, mas a partir do momento em que a produção desses radicais livres aumenta e existe uma deficiência nos nossos sistemas antioxidantes é que os problemas começam a surgir.

Eles podem ser produzidos por fontes endógenas (dentro do nosso corpo) através do metabolismo normal (como por exemplo, na transformação do oxigênio em água dentro da célula) e também por fontes exógenas (que estão no ambiente), que podem ser:

  1. Poluição ambiental;
  2. Raio-X e radiação ultravioleta;
  3. Radiação eletromagnética;
  4. Tabagismo;
  5. Álcool;
  6. Agrotóxicos;
  7. Substâncias presentes em alimentos e bebidas (aditivos químicos, conservantes, hormônios)
  8. Estresse;
  9. Consumo de alimentos pró-oxidantes como gorduras saturadas.

Danos dos radicais livres ao nosso organismo:

Como já vimos anteriormente, os radicais livres são moléculas instáveis que buscam a estabilidade, e para isso vão se ligar no que encontrarem pela frente, que pode ser:

  • Lipídeos (gorduras) – causando a oxidação dessa gordura (peroxidação lipídica), que está localizada em volta da célula (membrana celular) e pode resultar na perda de função dessa célula e até na morte celular. (Esta relacionada com doenças neuro-degenerativas, como Alzheimer e Parkinson).
  • DNA - modificando a sua estrutura (relacionada com câncer).
  • Proteínas - (enzimas perdem suas funções).

Doenças em que os radicais livres estão envolvidos:

Os radicais livres são produzidos em nosso organismo o tempo todo, e desempenham inúmeras funções, mas quando essa produção se torna desequilibrada, gera um quadro de estresse oxidativo.

O estresse oxidativo acontece quando temos um aumento dos radicais livres e os antioxidantes não dão conta de bloqueá-los, ou quando temos uma diminuição de antioxidantes e, portanto um desequilíbrio dos radicais livres.

Ele está relacionado com inúmeras doenças, sendo o principal causador ou agravante do caso as Doenças:

  • Aterosclerose, inflamação, envelhecimento, diabetes, dermatite, melanoma, câncer, hipertensão arterial, artrite, Alzheimer, Parkinson, autismo, derrame e várias outras.

E os antioxidantes?

Precisamos respirar para viver, então estamos produzindo radicais livres o tempo todo. Além disso, como já vimos anteriormente, são diversas as fontes que propiciam um aumento desses radicais.

Para combater os danos dos radicais livres no organismo, o nosso corpo tem dois sistemas antioxidantes:

  1. Sistema antioxidante endógeno (produzido pelo organismo). Que são enzimas que produzimos no nosso corpo.
  2. Sistema antioxidante exógeno (adquirido pela ingestão de alimentos e nutrientes antioxidantes).
    Esses antioxidantes podem agir:
  • reparando os danos causados pelos radicais livres
  • estabilizando esse radical
  • eliminando do organismo

Os antioxidantes exógenos são aqueles que precisam ser consumidos através da alimentação, e que são responsáveis por minimizar e até bloquear os danos causados pelos radicais livres.

Levando-se em conta que estamos expostos constantemente ao ataque de radicais livres, torna-se extremamente necessária a ingestão adequada de tais alimentos.

Uma alimentação adequada é capaz de suprir toda a demanda nutricional do organismo, fazendo com que este funcione adequadamente e prevenindo doenças, mas também de bloquear os danos causados pelo estresse oxidativo, que é capaz não só de acelerar o envelhecimento precoce, como também de causar diversas doenças.

Principais antioxidantes exógenos e algumas fontes:

  • Vitamina C - laranja, kiwi, morango
  • Vitamina E - oleaginosas, azeite de oliva extravirgem
  • Betacaroteno - cenoura, pequi, couve, espinafre, mamão
  • Flavonóides - frutas vermelhas (ameixa, mirtilo), brócolis, salsa
  • Catequinas – Chá verde
  • Quercetinas – Vinho tinto
  • Licopeno – Tomate
  • Ácido elágico – Romã
  • Curcumina – Curry
  • Polifenóis – Noz
  • Clorofilina – espinafre
  • Taninos - Repolho
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